2014/01/22

Com a ajuda de crianças, mulher escava túmulo da filha morta há quase um ano em Camboriú

Marido relatou ao Conselho Tutelar que a intenção da mulher era ver o rostinho da criança

Com a ajuda de crianças, mulher escava túmulo da filha morta há quase um ano em Camboriú Núcleo de Prevenção às drogas e pedofilia/Divulgação
Coveiro confirmou que túmulo foi mexido Foto: Núcleo de Prevenção às drogas e pedofilia / Divulgação
Polícia e Conselho Tutelar de Camboriú investigam o caso de uma mulher que escavou o túmulo da filha morta há quase um ano. A história cheia de mistério começou a se desenrolar na noite de segunda-feira, quando ela pediu a ajuda de duas crianças para abrir a cova localizada no cemitério do Rio do Meio.
Conforme informações do Conselho Tutelar da cidade, era por volta de 18h quando ela chegou ao cemitério de bicicleta e chamou duas crianças, uma de oito e outra de 10 anos, que estavam por ali. As crianças teriam ajudado a mulher a escavar a cova e se assustaram quando ela pegou os restos mortais do bebê.
As mães das crianças, que são vizinhas, perceberam o mau-cheiro quando elas voltaram para casa e ficaram sabendo da história. Uma delas acionou as autoridades. Uma das crianças contou que ao ver que ainda havia sangue no cadáver a mulher teria enterrado os restos mortais novamente.

O coveiro do cemitério confirmou à polícia que o túmulo havia sido aberto. O que chamou a atenção foi o fato de o bebê morto estar em perfeito estado, inclusive com sangue. A mulher foi localizada na segunda-feira e confirmou que cavou o túmulo da filha.

De acordo com o conselheiro Manoel Mafra, ela estava inclusive com machucados nos braços provocados pela escavação. Ela deve prestar depoimento à polícia nesta terça-feira, assim que a Polícia Civil for informada do caso. As crianças que foram chamadas para ajudá-la estão traumatizadas e passarão por acompanhamento psicológico.

Mulher foi encaminhada para o Caps
A mulher, que tem apenas 22 anos, foi encaminhada para atendimento no Centro de Assistência Psicosocial (Caps). O Conselho Tutelar conversou com o marido dela que esclareceu alguns fatos nesta terça-feira.

Conforme o marido a jovem teria ido até o cemitério dessenterrar o corpo da bebê por não tê-la conhecido. A criança teria nascido morta e a mãe ficado hospitalizada alguns dias. Por isso a bebê teria sido sepultada, em março do ano passado, sem que a jovem a visse.

Além de sonhar ver o rostinho da filha, familiares disseram que a menina era parecida com outro filho que o casal tem. Isso teria motivado a atitude da mulher.
O SOL DIÁRIO

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