Sonia Fiori
O Ministério Público Eleitoral (MPE)
protocolou petição junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), com
pedido de investigação à Polícia Federal, sobre eventuais
irregularidades na contas de campanha eleitoral de 2012 do prefeito
Mauro Mendes (PSB). A ação é assinada pelo procurador Marcellus Barbosa
Lima, em processo que tramita no TRE, sob relatoria do juiz membro, José
Luiz Blaszak. O balanço de campanha de Mauro foi reprovado na primeira
instância da Justiça Eleitoral, com pelo menos 10 inconsistências.O MPE pede, que se comprovadas falhas, sejam aplicadas as sanções previstas no crime que trata o artigo 350 do Código Eleitoral, relativo à falsidade ideológica. Se confirmadas práticas ilícitas, o processo pode culminar em pedido de cassação de mandato eletivo.
Advogado de Mauro Mendes durante o período eleitoral, José Antônio Rosa, rebate os questionamentos e afirma que todos os documentos juntados aos autos comprovam total transparência dos atos de campanha do atual gestor. Rosa, na defesa, explica que durante a primeira fase de auditoria das contas de campanha, a legislação assegura a prerrogativa de inserir novas peças documentais no processo.
Sustenta ainda que a defesa foi cerceada em parte, não tendo sido notificada em tempo hábil para apresentar suporte de dados. E que somente nessa etapa, na fase recursal junto ao TRE, foram repassadas as informações adicionais, que na opinião dele, levarão por terra dúvidas ainda existentes sobre o balanço financeiro.
Em dezembro, o juiz Luis Aparecido Bertolussi, rejeitou as contas de campanha de Mauro Mendes. Em junho deste ano, a juíza da 54ª Zona Eleitoral, Amini Haddad Campos, manteve reprovadas as contas. Na decisão de primeira instância, o magistrado destacou entre as irregularidades que “as assinaturas ausentes são essenciais à comprovação da idoneidade de tais documentos, além de atestar a sua própria autenticidade”.
O suposto crime de falsidade ideológica se refere ao recibo eleitoral 19, em que consta assinatura e carimbo de “Donato Chechinel”, em doação realizada por Eraí Maggi Scheffer. José Antônio Rosa ressalta que “a assinatura em questão foi feita por um procurador do doador de campanha”.
Fonte: GD, Foto:Google
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