2014/02/12

Pai de família morre em acidente de trânsito e deixa oito filhos; viúva precisa de ajuda

Da Redação - Patrícia Neves
Foto: Jardel P. Arruda - OD
Luciana e quatro de seus sete filhos. Os outros estavam na creche.
Luciana e quatro de seus sete filhos. Os outros estavam na creche.
A noite de sexta-feira, 31 de janeiro de 2014, jamais será esquecida por Miriam, 14 anos, Ana Vitória, 7, Ester, Lucas, Samuel, João Henrique, 5, Samuel, 3 Ana Clara, 2 e por Luciana Duarte dos Santos, 32 anos, grávida de cinco meses. Nessa data, as crianças perderam o pai Gilson de Almeida Rosa, 47 anos, e Luciana o marido. Gilson morreu em um acidente registrado na avenida Beira Rio, envolvendo um Renault Clio, que colidiu contra um poste. Três pessoas estavam no automóvel, mas apenas Gilson faleceu.

Além de perder seu companheiro, Luciana viu sua vida e de seus filhos se transformar. Sem dinheiro, já que o marido era o único que trabalhava em uma fábrica de tintas para manter sua família, Luciana se mudou para casa do sogro no bairro Dom Aquino, em Cuiabá e hoje precisa de ajuda para poder sobreviver. Luciana e Gilson tinham uma história que já durava 18 anos.

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“Antes eu morava no Pedra 90 em uma casa cedida pela minha mãe. Já era complicado, mas juntos era mais fácil. Sozinha, eu resolvi que não tinha como fazer. E vim pra cá, mas a despesa aumentou demais”. Hoje, o espaço da casa - de seis cômodos - é dividido entre Luciana, a sogra, o sogro, sete filhos de Luciana, mais uma criança de dez anos de idade filho da irmã de Gilson e outros cinco adultos.

“Eu estou ajudando com meu salário de aposentada e do meu marido que trabalha como vigilante. Minha filha também tem colaborado, mas ela tem uma criança, paga escola, transporte e ganha apenas um salário. Tudo é muito caro é difícil”, relata a aposentada Dinah Almeida Rosa, 70 anos, mãe de Gilson.


Distraída, garotinha olhava constantemente para o nada

Ela conta ainda estar desnorteada com a perda do rapaz e com toda a situação vivenciada. Dinah confirmou que não conhecia o casal que estava no carro juntamente com Gilson, mas afirmou que eles não compareceram ao velório ou prestaram qualquer tipo de auxílio à família. Apesar da dor, as crianças ajudam a acalentar o sofrimento. Dinah desobra seu tempo entre os inúmeros afazeres domésticos, a alimentação da família e o auxílio a nora em cuidar das crianças que ainda não estão matriculadas em unidades escolares públicas. “De três deles, nós estamos tentando encontrar vagas nas creches”.

Sonhos

“Desde o ano de 2003 estou cadastrada para conseguir uma casa própria, mas nunca fui contemplada. Meu sonho era ter um espaço meu. Ainda não sei como será o futuro”, diz Luciana, gestante de seu oitavo filho. Sem saber se terá um menino ou uma menina ela ainda aguarda documentação do Instituto Médico Legal (IML) para poder requisitar o pagamento do seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) e poder garantir um futuro um pouco melhor aos seu meninos e meninas. “Tudo o que nós temos é uma cama de casal, uma geladeira usada e um fogão”.

“Hoje, o que mais precisamos são frutas, verduras, carne mesmo. Ajuda também para despesa na energia elétrica porque o gasto é muito maior”. Para que puder ajudar mais informações podem ser obtidas no contato 3624-2411, com Luciana ou Dinah.




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