Família relatou que Manoella Tecchio estava com sintomas gripais e tosse seca. Ela foi dispensada da unidade de saúde e, um dia depois, voltou com os mesmos sintomas e foi constatado que o pulmão dela já estava comprometido.
Manuella Tecchio, de 3 anos, e os pais — Foto: Arquivo pessoal |
A Prefeitura de Sinop, no norte do estado, afastou nesta segunda-feira (13) a médica responsável pelo atendimento a menina de 3 anos morreu que na última quarta-feira (8), um dia após ser atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ser liberada com o diagnóstico de tosse alérgica. Uma sintidicância também foi aberta para apurar as responsabilidades no atendimento. A identidade da profissional não foi divulgada.
O pai de Manoella Tecchio, Lucas Pootz, contou à TV Centro América que a filha apresentava sintomas gripais e no fim de semana passado apresentou uma tosse seca.
“Essa tosse não estava cessando e cada vez estava aumentando mais. Portanto, na segunda-feira (6), resolvemos procurar a UPA para consultá-la. Chegando lá, a médica atendeu, pediu exame de urina e de sangue. Ela avaliou e disse que estavam normais, passou um expectorante para tosse alérgica e mandou a minha filha de volta para casa”, contou.
Segundo Lucas, a filha não melhorou e, na terça-feira, a família retornou com a criança na unidade de saúde. No novo atendimento, foi solicitado um raio-X, que apontou que o pulmão dela já estava comprometido.
“Eles entraram em uma sala com ela que a gente não teve mais acesso. Fizeram algum procedimento que a gente não sabe qual foi. Ainda não nos passaram o prontuário do atendimento. Depois, só entregaram ela morta para nós”, relatou.
Em nota, a Prefeitura de Sinop informou que determinou ao Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP), que faz a gestão da unidade, a abertura, imediata, de uma sindicância para apurar o atendimento e os protocolos adotados que envolveram a morte da criança.
“A sindicância implica no afastamento das atividades profissionais da médica que atendeu a paciente. Para que a investigação dos fatos não seja afetada, a médica deverá permanecer afastada da instituição de saúde até que as investigações sejam concluídas. Com isso, a profissional, ficará impedida de acessar as instalações da UPA”, diz.
De acordo com o município, Manoella foi admitida na UPA com queixa de deficiência respiratória, tendo, em poucas horas, um agravamento do quadro clínico. A direção da unidade afirmou que todos os protocolos médicos foram aplicados, no entanto, na madrugada do dia 8 de março, a paciente morreu.
“Toda a família está completamente abalada. Manuela era muito saudável, nunca teve problemas de saúde, comia e se alimentava muito bem. Nunca teve nenhum tipo de problema. A gente só está à procura de respostas. Por que ela saiu em óbito da UPA? O que aconteceu? Quais foram os procedimentos realizados lá? O que fizeram?”, questiona o pai.
Por Helena Corozomaé, TV Centro América
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