Foi identificado o envolvimento
da quadrilha em, pelo menos, 25 ocorrências, sendo 18 roubos majorados no
período compreendido de agosto a outubro de 2020
Um dos integrantes da quadrilha
investigada pela Polícia Civil por roubos de veículos em Mato Grosso foi preso
no último fim de semana no interior de Mato Grosso do Sul, dentro da fase
Camaleão, da Operação Imperial.
O mandado de prisão expedido pela
7ª Vara Criminal de Cuiabá foi cumprido pela equipe da Delegacia Regional de
Jardim em apoio à Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos
(Derfva) de Mato Grosso.
O homem de 34 anos é suspeito de
integrar uma organização criminosa especializada em roubos e adulteração de
veículos investigada na Operação Imperial.
O delegado da Derfva, Gustavo
Garcia, explica que o investigado preso na cidade de Jardim era um dos
principais alvos da investigação e estava foragido desde a deflagração da
operação no ano passado. “Ele era responsável por alugar as casas onde a
organização criminosa ocultava os veículos roubados e falsificar os documentos
para “esquentar” os veículos”, afirmou o delegado.
Ele foi preso no momento em que
saía de sua residência no bairro Jardim Recanto Feliz. O delegado explica ainda
que o alvo vinha sendo monitorado pelas equipes policiais e quando foi preso
estava com um documento de identidade falso.
Além desse mandado cumprido no
sábado (23.04), a Polícia Civil de Mato Grosso continua as buscas para chegar
ao paradeiro de mais um investigado, que está foragido.
Operação Imperial
As investigações da Derfva
resultaram na deflagração da operação em agosto do ano passado, quando foram
cumpridos 13 mandados de prisão e 42 mandados de busca. A organização criminosa
atuava também no tráfico de drogas, na modalidade escambo (troca de veículos,
objetos de roubo/furto por entorpecentes), receptação, uso de documentos
falsos, falsidade ideológica, estelionato, lavagem de capitais, entre outros
crimes.
Foi identificado o envolvimento
da quadrilha em, pelo menos, 25 ocorrências, sendo 18 roubos majorados no
período entre agosto e outubro de 2020. A investigação apontou ainda que neste
curto período houve um prejuízo às vítimas de cerca de um milhão e meio de
reais.
A organização criminosa possuía
três núcleos de atuação, sendo um deles que atuava no nos roubos de veículos,
outro destinado para fazer a venda do produto através de estelionato e uma
terceiro com o tráfico de drogas.
Nas duas fases da operação
realizadas no ano passado, o objetivo do trabalho da Derfva foi atuar na
descapitalização e desmantelamento da organização criminosa. Para chegar aos
autores e na responsabilização criminal de cada integrante, a delegacia reuniu
uma farta documentação durante a investigação e também nas fases da Operação
Imperial, quando foram cumpridas 84 ordens judiciais decretadas pela 7ª Vara de
Cuiabá, entre mandados de prisões, buscas e apreensões e medidas cautelares
diversas contra a organização criminosa, além do sequestro de valores de contas
bancárias e investimentos dos investigados.
Sequestro de bens
Atendendo à representação da
autoridade policial, a 7ª Vara Criminal determinou o sequestro dos 23 veículos
pertencentes à organização criminosa e a alienação antecipada dos bens
sequestrados, estimados em cerca de 2 milhões de reais. Os bens constituem
objetos indiretos dos crimes investigados, ou seja, itens adquiridos com os
proventos dos crimes.
O delegado Gustavo Garcia disse a
medida busca garantir eventual reparação
dos danos causados pela organização criminosa, bem como a necessidade de
impedir a deterioração dos bens.
Raquel Teixeira | Polícia
Civil-MT
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