2022/04/12

TJMT nega redução de pena de pai condenado a 33 anos por estuprar e engravidar a filha de 11 anos e jogar feto em rio em Cuiabá

 

De acordo com a decisão, o pai atentou diversas vezes contra a dignidade sexual da filha. Abusos ocorriam pelo menos dois antes da descoberta do crime após a gravidez da criança.

 

Pai foi preso suspeito de estuprar e engravidar filha de 11 anos em Cuiabá — Foto: Polícia Militar de Mato Grosso/Divulgação


O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve a condenação de um homem acusado de estuprar e provocar o aborto da própria filha de 11 anos, em Cuiabá. Ele foi condenado a cumprir pena de 33 anos, 11 meses e 10 dias pelos crimes de estupro de vulnerável, aborto e ocultação/destruição de cadáver.

Segundo as investigações, o pai abusou da filha, realizou testes de gravidez nela e depois comprou remédio para que ela fizesse o aborto e jogou o feto no Rio Coxipó.

 

O acordão do julgamento foi disponibilizado no Diário Oficial de Justiça dessa segunda-feira (11). De acordo com a decisão, o pai atentou diversas vezes contra a dignidade sexual da filha.

 

 

A Justiça destacou o comportamento do pai em relação a filha e a descoberta do crime, administração de remédios abortivos, com resultado da expulsão do feto e descarte no rio.

 

O pai havia pedido à Justiça a diminuição da pena.

 

No entanto, segundo o Tribunal, o Código Penal não estabelece limites mínimo e máximo de aumento de pena a serem aplicados e manteve a pena aplicada. Lembrou ainda que a ocorrência de diversos crimes sexuais durante longo período de tempo, sendo possível o aumento da pena pela continuidade delitiva no patamar máximo de dois terços da pena.

 

Primeiro julgamento

A sessão de julgamento no tribunal do júri foi realizada em 18 de junho do ano de 2021 e durou 15 horas. O réu pode recorrer da decisão.

 

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), o crime de aborto ocorreu na madrugada do dia 17 de abril de 2019, na residência da família. Consta no processo que a vítima sofria abusos sexuais desde o ano de 2017.

 

O caso veio à tona depois que a mãe percebeu mudanças no corpo da filha e percebeu o crescimento da barriga da menina.

 

O acusado foi preso em flagrante e confirmou que, após estuprar a vítima, realizou testes de gravidez nela e depois comprou remédio para que tomasse, com a intenção de fazê-la abortar.

 

 

Segundo a polícia apurou à época, após passar um dia inteiro com muitas dores, a vítima expeliu o feto com a ajuda do pai que, na sequência, colocou-o em uma sacola e fugiu do local.

 

Posteriormente, ele voltou à residência e deparou-se com a Polícia Militar e confessou os crimes, afirmando inclusive que havia jogado o feto no Rio Coxipó.

 

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