Em Mato Grosso do Sul, o
governador explica que a campanha de imunização deste ano será a última antes
da certificação das autoridades sanitárias nacionais e internacionais. Quase
50% do rebanho brasileiro deixará de ser vacinado.
A vacinação será suspensa a partir de novembro de 2022. — Foto: Victor Guimarães/Governo do Tocantins
A partir de novembro deste ano, a
vacinação contra febre aftosa será suspensa em seis estados e no Distrito
Federal, de acordo com anuncio feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) neste sábado (30). As unidades federativas que não vão
precisar mais realizar imunização nos rebanhos são:
Espírito Santo;
Goiás;
Mato Grosso;
Mato Grosso do Sul;
Minas Gerais;
Tocantins;
Distrito Federal.
Os estados que estarão inclusos
na zona livre de febre aftosa sem vacinação fazem parte Plano Estratégico do
Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), que prevê a
retirada total da vacinação no país até 2023.
Para o Mapa, aproximadamente 113
milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados, o que corresponde a
quase 50% do rebanho total do país.
O secretário de Defesa
Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal, explicou que essas unidades da
federação vão terminar a vacinação em novembro, quando irão parar de vacinar,
se preparando para mudar o status para livres de febre aftosa sem vacinação.
Em nota, o Ministério explicou
que a suspensão está inclusa em uma parte do projeto de ampliação de zonas
livres de febre aftosa sem vacinação no país. "Para realizar a transição
de status sanitário, os estados e o Distrito Federal atenderam aos critérios
definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código
Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE)", detalham.
Para que um estado seja
reconhecido como "zona livre de febre aftosa sem vacinação", as
organizações de saúde nacionais e internacionais exigem a suspensão da
imunização contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados
nos estados e regiões propostas por pelo menos um ano.
O Brasil tem como meta o ano de
2026 para que o país se torne livre de febre aftosa sem vacinação. Até então,
no país, apenas Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e
algumas regiões do Amazonas e Mato Grosso possuem a certificação internacional
de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Em Mato Grosso do Sul
O secretário Nacional de Defesa
Agropecuária afirmou que Mato Grosso do Sul deixa de ser área livre de febre
aftosa sem vacinação, pelo trabalho realizado por produtores e políticas
públicas.
“Mato Grosso do Sul fez um grande
investimento, seguindo as metas do Ministério da Agricultura, e agora está
autorizado a vacinar pela última vez em novembro e a partir do ano que vem,
pelo reconhecimento nacional, estão livres da febre aftosa sem vacinação, e
isso vai abrir novos mercados e reduzir custos para os pecuaristas”, pontuou.
Para o governador Reinaldo
Azambuja, isso é resultado de um trabalho que vem sendo realizado há anos, com
investimentos em infraestrutura, tecnologia, capacitação dos servidores e ações
sanitárias eficientes e rígidas. “Isso aumenta muito a competitividade dos
nossos produtos da agropecuária, vai trazer um novo perfil da agropecuária de
Mato Grosso do Sul, nossos produtos serão mais valorizados lá fora, aquilo que
é produzido aqui terá um valor agregado e toda a sociedade ganha com isso”.
POR G1 MS
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.