Suspeitas usavam o token de um
gerente da agência antes da chegada dele ao trabalho para ter acesso às contas
de clientes e conseguir fazer transações bancárias, como pagamento de boletos,
transferências e PIX.
Foto: Polícia Federal
Duas funcionárias de uma empresa
terceirizada que presta serviços em uma agência da Caixa Econômica Federal em
Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foram presas em flagrante, nessa
segunda-feira (11), por suspeita de fraudes no programa do auxílio emergencial.
De acordo com a Polícia Federal,
as suspeitas participavam de um esquema que alterava os e-mails no cadastro dos
clientes para terem acesso às contas pelo aplicativo ‘CAIXA Tem’. Depois de
conseguirem esse acesso, elas alteravam a senha e passavam a fazer transações
bancárias, como pagamento de boletos, transferências e PIX.
Conforme as investigações, para
realizar as alterações nas contas, as mulheres usavam o token de um gerente da
agência antes da chegada dele ao trabalho.
Só nessa segunda-feira, foram
alterados os cadastros de mais de 120 clientes da agência. Aos policiais, uma
das suspeitas disse que recebia 50% de cada valor obtido com a fraude e a outra
recebia 25%.
A Polícia Federal informou que
está investigando os responsáveis pelos saques e fornecimento dos CPFs dos
beneficiários do auxílio e que repassavam às suspeitas o pagamento pelas
alterações realizadas no sistema.
Foto: PF
Perfil das vítimas
As investigações apontaram ainda
que as contas fraudadas eram apenas de homens enquadrados no auxílio por serem
pais solteiros ou chefes de família que criam filhos sozinhos, sem cônjuge,
companheiro ou companheira.
Segundo a PF, durante a prisão, dentro da agência, os agentes encontraram mais de R$ 3 mil em espécie dentro da bolsa de uma das suspeitas.
Ela confirmou aos policiais que tinha acabado de receber
o dinheiro proveniente do esquema criminoso.
Já a outra mulher decidiu
entregar quase R$ 50 mil que estava na casa dela.
Além do dinheiro em espécie,
foram apreendidos documentos, celulares e uma lista com nome e CPFs das
vítimas.
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