Entre as apreensões têm destaque
as 19 toneladas de defensivos agrícolas, nove toneladas de entorpecentes e três
toneladas de explosivos
A repressão e o combate ao crime
organizado realizados pela Polícia Civil em Mato Grosso resultaram em 165
prisões e centenas de produtos apreendidos, entre janeiro e dezembro do ano
passado. Entre as apreensões têm destaque as 19 toneladas de defensivos
agrícolas, nove toneladas de entorpecentes e três toneladas de explosivos,
fruto do trabalho realizado, ao longo do ano de 2021, em diversas operações da
Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
As investigações sobre crimes
como extorsão mediante sequestro, roubo e furto a banco e caixas eletrônicos,
roubo de cargas e de defensivos agrícolas e contra o crime organizado tiveram
ainda como resultado a apreensão de 77 veículos, 33 armas de fogo.
O delegado Vitor Hugo Bruzulato
Teixeira pontua ainda que o trabalho da unidade policial teve como reflexo a
descapitalização de organizações criminosas, com o bloqueio de R$ 12 milhões de
contas bancárias de investigados, a apreensão R$ 616 mil em espécie e o
sequestro judicial de um imóvel avaliado em R$ 500 mil.
“Todo esse material apreendido ou
bloqueado e as prisões realizadas são resultado de trabalhos ordinários e
também das quatro principais operações realizadas ao longo do ano pela GCCO,
como a Safra, Resarcire, Volantes e Bereu”, explica o delegado ao se referir,
entre elas, à operação que prendeu a maior parte do grupo criminoso envolvido
no assalto a agências de cooperativas de crédito no norte do estado.
Novo Cangaço
Uma das investigações de destaque
na unidade, a Operação Volantes culminou com o indiciamento de 13 criminosos
pelo assalto ocorrido em 4 de junho a duas agências de cooperativas de crédito
em Nova Bandeirantes. O crime, ocorrido na modalidade conhecida como 'novo
cangaço', teve o envolvimento identificado de 22 criminosos, sendo que destes,
9 morreram em confronto com equipes da Polícia Militar, durante as buscas em
áreas de mata da região. Outros 9 tiveram as prisões decretadas, sendo cinco
presos pela Polícia Civil durante a operação.
A
investigação conduzida pela
GCCO apurou que o esconderijo dos assaltantes foi montado a 46 km da cidade de
Nova Bandeirantes e eles tentaram confundir os policiais, roubando veículos e
queimando em um ponto diferente. A
maioria da quadrilha veio do Nordeste e contou com apoio de um empresário de
Mato Groso, que fazia parte do grupo responsável pelo resgate. Eles chegaram no
início do mês de maio em Alta Floresta, local que serviu de base para a prática
do crime.
Roubo de cargas
A carga de explosivos e
acessórios iniciadores foi apreendida após a GCCO receber informações sobre o
transporte do material transportado para a região norte do estado. O caminhão
bitrem foi identificado e a abordagem realizada em Peixoto de Azevedo, onde
estavam os explosivos sem documentação legal escondidos sob uma carga de soja.
As investigações apontaram indícios de que o material seria utilizado na
prática de roubos a instituições financeiras e de transporte de valores, bem
como em garimpos clandestinos das regiões centro e norte do país.
“Através dessa aproximação com as
delegacias do interior de Mato Grosso e até mesmo de outros estados, em que é
dado apoio as ações operacionais e de inteligência, é possível a troca de
informações que possibilitam trabalhar de forma conjunta na organização de
algumas ações, garantindo maior eficácia do trabalho investigativo”, explicou.
Em outra ação, realizada em
parceria entre a GCCO e a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de
Rondonópolis, foram apreendidas 85 toneladas de soja desviadas, avaliadas em R$
300 mil. As diligências resultaram ainda na apreensão de um trator, uma
motocicleta e uma caminhonete, utilizados na atividade ilícita e na prisão em
flagrante de um integrante de associação criminosa envolvida em desvios de
cargas no estado de Mato Grosso. O caminhão que transportava os grãos passou a
ser monitorado após informações de que a carga seria levada para um galpão no
distrito industrial de Rondonópolis, de onde seria desviada do seu destino.
“O nosso trabalho também contou
com a parceria de outras delegacias, principalmente do interior do estado, bem
como com outras instituições da segurança pública. Esses trabalhos integrados,
aliados à inteligência policial, são fundamentais para o enfrentamento das
organizações criminosas”, finaliza o titular da GCCO.
Raquel Teixeira/Polícia Civil-MT
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