Foto: Tchélo Figueiredo/Secom-MT |
O secretário de Estado de Saúde,
Gilberto Figueiredo, fez nesta terça-feira (28) um alerta aos municípios e à população
para o risco da disseminação das variantes da Covid-19 e da Influenza em razão
das aglomerações nas festas de fim de ano.
Figueiredo apontou a imprudência
dos municípios que insistem em flexibilizar as regras para promoção de festas
de Réveillon, muitos deles pequenos e sem estrutura de saúde adequada para
suportar uma epidemia da gripe H3N2, por exemplo.
“As farmácias estão colapsando no
que diz respeito ao fornecimento de medicação para tratamento da Influenza, as
unidades de saúde estão superlotadas e há municípios pequenos, que têm pequena
estrutura de atendimento à atenção básica de saúde promovendo eventos dessa
natureza”, criticou.
“É uma certa incoerência. Quando
estamos praticamente com uma nova epidemia acontecendo, eventos sendo
realizados como se nós estivéssemos em um paraíso”, reclamou o secretário.
Um exemplo é Chapada dos
Guimarães (a 65 km de Cuiabá), que, ao contrário da Grande Cuiabá, vai fazer
uma grande festa da Virada de Ano, com direito a show nacional com a banda
Araketu, durante uma epidemia de gripe.
A Unidade de Pronto Atendimento
do município atendeu mais de 200 pessoas por dia com suspeita da gripe H3N2 e a
providência tomada pela Secretaria de Saúde do Município foi pedir à população
para que, quem tiver sintomas de gripe, não compareça ao evento.
Segundo Figueredo, com a
realização desse tipo de evento sem controle sanitário algum, o sistema de
saúde dos principais municípios – onde a população corre em busca de
atendimento – ficará sobrecarregado em breve.
“É triste verificar que no momento
em que nós tivemos um grande sacrifício para controlar a pandemia [da
Covid-19], agora estamos vendo flexibilizações imprudentes Brasil afora”,
disse.
Figueiredo afirmou que, neste
momento, o Estado está de mãos atadas, uma vez que o controle da H3N2 é uma
obrigação de atenção básica de saúde, que é atividade dos municípios.
“O Estado não tem nesse momento o
que fazer. Cada município, à luz da sua situação, tem que adotar as medidas
necessárias”, disse
O secretário ressaltou que o
Governo não é contra o Ano Novo ou o Carnaval e que os eventos seguirão
existindo, mas que é necessário agir com prudência.
Secom-MT
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