Técnica de enfermagem é acusada de desviar medicamentos de intubação do Ronaldo Gazzola, referência no tratamento da Covid-19
Rio de Janeiro – “A mulher já ia
morrer mesmo, por que dar o remédio para ela?”, teria dito a técnica de
enfermagem Luciane Oliveira Borges da Silva em uma conversa telefônica com
outra pessoa, relatada pelo ex-marido aos agentes da 26ª Delegacia de Polícia
(Todos os Santos). A denúncia resultou na prisão da ex-mulher pela polícia. Ela
é acusada de desviar medicamentos usados na intubação de pacientes do Hospital
Municipal Ronaldo Gazolla, referência no tratamento da Covid-19 na cidade do
Rio.
Luciene teve a prisão preventiva
decretada pela juíza Mariana Tavares Shu durante audiência de custódia no
sábado (22/5).
O advogado da técnica de
enfermagem, Arthur da Costa, requereu a liberdade provisória, o que foi negado
pela juíza. Na decisão, que fundamentou a prisão, a magistrada enfatizou que,
além de ela guardar os medicamentos em baixo da cama, “(…) a conduta da
custodiada lesa número indeterminado de vítimas já fragilizadas pela própria
situação de enfermidade, que ficam privadas de medicamentos a que têm direito,
em razão do desvio destes por funcionária que deveria prezar pela promoção da
saúde. Assim, sua prisão se faz necessária como forma de garantia da ordem
pública (…)”, argumentou.
Luciene foi presa em ação da polícia
na quinta-feira (20/5), no bairro de Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio,
onde morava com o filho. Em nota, a Polícia Civil informou que “no local foram
apreendidos diversos medicamentos usados, em sua maioria, em CTI, para
intubação e sedação de pacientes, além de materiais de enfermagem, como luvas,
seringas, ataduras, antibióticos e sedativos”.
Ela vai responder pelo crime de
peculato, cuja pena varia de dois a 12 anos de prisão.
METRÓPOLES
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