Álcool gel, máscara, isolamento
social. Embora tudo isso já faça parte do novo normal, a limpeza dos carros
também precisa ser feita para evitar o contágio da Covid-19. É que, de acordo
com uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – instituição vinculada ao
Ministério da Saúde e que atua na área da ciência e tecnologia em saúde na
América Latina –, o novo coronavírus pode permanecer por até três dias, ou 72
horas, em superfícies metálicas e plásticas, o que inclui grande área da parte
externa dos carros, como a lataria e os espelhos.
Logo, manter a higiene dos
veículos evita a proliferação do vírus. É o que alerta o CEO da WOW Carro Limpo
em 3 minutos, franquia de carwash de Curitiba, Felipe Boell. “Os veículos
merecem a mesma atenção dada a outros itens que levamos para a nossa casa e que
podem transmitir a doença. Muitas pessoas ficam atentas a maçanetas de portas
ou a botões de elevador, higienizando as mãos após este contato, ou com a
higienização de compras e demais insumos, por exemplo, esquecendo que não
possuem controle sobre quem toca em seus veículos, por exemplo, em um
estacionamento”, alerta o CEO.
A atenção aos veículos é
importante, principalmente quando percebemos que muitas pessoas tiraram os
carros da garagem durante a pandemia, fugindo do transporte coletivo,
justamente para evitar as aglomerações e serem infectadas. Só para se ter
ideia, de acordo com dados da Associação Nacional de Empresas de Transporte
(NTE), somente nos primeiros seis meses da pandemia as empresas de ônibus
acumularam um prejuízo de quase R$ 4 bilhões. “A preocupação com a higiene do
carro deve acompanhar o seu uso mais intenso”, enfatiza Boell.
Mas, a maioria desconhece os
perigos que se escondem em seus veículos. Um exemplo é o gerente de compras
Junior Dissenha: “Vou para o serviço com meu carro, deixo ele no estacionamento
aberto, com pessoas passando por lá e realmente ele fica vulnerável. Em casa,
eu guardo o carro na garagem que dá acesso direto e livre à minha cozinha. E
meu filho, que tem apenas dois anos, pode sair da cozinha e ir até o carro. É
um perigo bem próximo e às vezes ele pode encostar no carro e nem vermos.
Quando fiquei sabendo de que o carro é um transmissor ativo do vírus, fiquei
preocupado”, desabafa.
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