A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira (20) o uso emergencial de um
medicamento contra a Covid-19. Trata-se de um coquetel que contém a combinação
de casirivimabe e imdevimabe (Regn-CoV2), dois remédios experimentais
desenvolvidos pela farmacêutica Roche. É o segundo medicamento aprovado pela
agência. O primeiro foi o remdesivir.
O que é o Regn-CoV2 e como ele
será administrado:
A aplicação é intravenosa e seu
uso é restrito a hospitais;
O coquetel é composto por dois
anticorpos monoclonais (casirivimabe e imdevimabe) que bloqueiam a entrada do
vírus na célula;
O tratamento é indicado para
adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no mínimo 40 kg)
que não necessitam de suplementação de oxigênio;
Ele não é recomendado para
pacientes graves;
Ele não é indicado para prevenção
da Covid-19;
O coquetel já foi aprovado para
uso emergencial nos Estados Unidos, Canadá e Suíça. Também teve recomendação de
uso pela agência europeia de medicamentos (EMA);
Ele não substitui as vacinas
contra a Covid-19.
A aplicação é intravenosa e o
medicamento é indicado para o começo da doença. O uso é restrito a hospitais e
a venda é proibida ao comércio.
Regn-CoV2: entenda o que é o
coquetel de anticorpos aprovado pela Anvisa
"Esses produtos são o que a
gente chama de anticorpos monoclonais. A ideia dessa proposta é neutralizar o
vírus para que ele não se propague nas células infectadas e assim controlar a
doença", explica o gerente geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo
Mendes.
Segundo a Anvisa, o tratamento é
indicado para adultos e pacientes pediátricos (com 12 anos ou mais que pesem no
mínimo 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio, com infecção por
SARS-CoV-2 confirmada por laboratório e que apresentam alto risco de progressão
para Covid-19 grave.
O medicamento não é recomendado
para pacientes graves. "Anticorpos monoclonais como casirivimabe e
imdevimabe podem estar associados a piora nos desfechos clínicos quando
administrados em pacientes hospitalizados com Covid-19 que necessitam de
suplementação de oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica", alerta a
Anvisa.
O pedido de uso emergencial foi
feito no dia 1º de abril.
Aprovado em outros países
O coquetel já foi aprovado para
uso emergencial pela FDA, agência de saúde dos Estados Unidos, após apresentar
bons resultados em pacientes com sintomas leves e moderados da Covid-19. Ele
também foi usado no tratamento do ex-presidente americano Donald Trump.
Anticorpos monoclonais: entenda o
que são e como combatem o coronavírus
Segundo o órgão americano, a
combinação “reduziu a hospitalização relacionada a Covid-19 ou as visitas ao
pronto-socorro em pacientes com alto risco de progressão da doença em 28 dias
após o tratamento, quando comparados ao placebo”.
O medicamento também foi aprovado
para uso emergencial no Canadá, Suíça e teve recomendação de uso pela agência
europeia de medicamentos (EMA).
Remdesivir
Em março, a Anvisa anunciou o
registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com Covid-19, o
antiviral remdesivir, que ainda está em estudos.
Remdesivir: entenda o que é o
antiviral experimental
O Remdesivir é produzido pela
biofarmaceutica Gilead Sciences e o seu nome comercial é Veklury. Trata-se de
um medicamento sintético administrado de forma intravenosa (injetado na veia).
Ele age impedindo a replicação viral.
O gerente geral de Medicamentos e
Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, esclareceu que o remdesivir não
é vendido em farmácia e pode ser utilizado apenas com supervisão médica.
"É uso restrito pelos hospitais para que os pacientes possam ser
adequadamente monitorados", disse.
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