2021/04/28

Advogada é presa por ficar com dinheiro de causa ganha por mãe de criança com paralisia cerebral

 

Uma advogada de 44 anos, que não teve o nome divulgado, foi presa, na última terça-feira (27), em uma ação conjunta das delegacias de Barra do Bugres e de Confresa. A suspeita é de que ela tenha cometido crime de apropriação indébita majorada praticado contra uma cliente.

Um inquérito foi instaurado para apurar a situação de uma vítima que contratou os serviços da advogada para ingressar com uma ação de concessão de benefício assistencial e após a causa ganha, a profissional se apropriou indevidamente do valor da ação.

Após a investigação, o delegado Rodolpho Bandeira representou pela prisão da advogada, sendo o pedido deferido pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Bugres.

Em março deste ano, a Polícia Civil tomou conhecimento de que a vítima, mãe de uma criança com paralisia cerebral, havia contratado em 2016, os serviços da advogada para mover uma ação requerendo benefício de assistência ao filho, que tem deficiência.

O processo transitou em julgado (quando não cabe mais recurso, com sentença definitiva) no mês de setembro de 2018. Desde então, a mãe da criança vinha tentando obter informações sobre a ação com a advogada, inclusive sobre os valores a serem recebidos, mas a profissional sempre se “esquivava”, a ponto de ignorar as mensagens recebidas e não dava nenhuma satisfação para a cliente.

A mãe da criança então procurou o fórum de Barra do Bugres e descobriu que a advogada já teria resgatado todo o valor da causa no dia 23/11/2018, ou seja, dois meses depois de ganharem a ação. Inconformada com a falta de ética e profissionalismo da advogada, a mãe da criança procurou a Polícia Civil.

Depois da representação do delegado pela prisão e deferimento pela Justiça, os investigadores de Barra do Bugres apuraram que advogada teria se mudado da cidade. 

A equipe policial entrou em contato com a Delegacia de Confresa, que fez a prisão da profissional. No inquérito aberto na Delegacia de Barra do Bugres, a advogada será indiciada pelo crime de apropriação indébita majorada, em razão da profissão.

 

Olhar Direto.

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