Outra versão sobre a morte Isac Tembé, 24 anos
Isac Tembé, 24 anos, liderança o
povo Tembé Theneteraha, foi morto a tiros na noite de sexta-feira em Capitão
Poço. Ele fazia parte do grupo de jovens indígenas kamarar wà, filho de cacique
da aldeia Jacaré, no município. O crime aconteceu por volta das 22h e foi
confirmado por pessoas e lideranças próximas da vítima.
Segundo os indígenas, o crime foi
cometido pela Polícia Militar e aconteceu quando o indígena caçava junto com um
grupo de guerreiros jovens na Terra Indígena, no município de Capitão Poço,
nordeste do Pará. A Redação Integrada já entrou em contato com a PM e aguarda
posicionamento.
Informações mais recentes dizem que
o corpo do jovem foi levado pela Polícia Militar para Capitão a Poço e está na
funerária. Ainda segundo informações dos indígenas, “os policiais envolvidos se
trancaram na Delegacia do município durante a noite e hoje (sábado) pela manhã
sumiram da cidade”. Ainda segundo eles,
a Fundação Nacional do Índio (Funai) ainda não se manifestou e a Sociedade
Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) elabora petição para cobrar
investigações.
Nas redes sociais parentes,
amigos e familiares se mostram indignados e revoltados com o crime e pedem
respostas do poder público e da justiça. (Fotos: Redes Sociais) “Um tiro
certeiro no peito e, provavelmente, de perto. A polícia alega confronto, como?
Com um tiro no peito de perto? E qual motivo para a polícia matar um jovem que
caçava junto com outros jovens nas terras que no passado era tudo terra
indígena? O assassinato foi supostamente dentro de uma fazenda que faz
fronteira com a aldeia”, diz uma das postagens nas redes sociais.
Ainda segundo os indígenas, o
corpo foi removido do local sem perícia alguma e levado para a cidade de
Capitão Poço sem o conhecimento da família.
“A polícia não fala nada e sua
procedência é muito duvidosa. Cadê a Polícia Federal que não foi chamada pela
Polícia Civil, já que se trata de indígena e território indígena? Cadê o
Ministério Público Federal Por que o corpo foi removido sem perícia? Por que o
corpo foi para a funerária e não para o Instituto Médico Legal??”, questiona um
indígena na internet.MPF cobra investigação sobre o caso, em nota, o Ministério
Público Federal (MPF) afirma que foi informado do fato no final da manhã deste
sábado (13) e, por meio da unidade da instituição em Paragominas, abriu
procedimento para cobrar a investigação do caso e acompanhá-la
.Além disso, o MPF está expedindo
ofícios com solicitações urgentes de providências e de informações às Polícias
Federal, Militar e Civil, e à Fundação Nacional do Índio (Funai).A reportagem
já contactou as polícias Militar e Civil e Funai. Mas, por enquanto, não obteve
respostas. .
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