O caso de incêndio foi registrado
por volta das 21h15 pela Polícia Judiciária Civil de Alta Floresta, o fato
ocorreu por volta das 19h no bairro Jardim Begônias. Um escrivão da Polícia
Civil que reside no local foi acionado por vizinhos informando que o incêndio
foi provocado pelo presidente da Câmara de Vereadores, Emerson Sais Machado. O
acusado foi conduzido à Delegacia para prestar esclarecimentos e após o fato
divulgou vídeos negando a condução e listando inúmeras indicações na tentativa
de ofuscar o ocorrido.
Conforme registro, o vereador foi
procurado e indagado sobre o incêndio em um terreno vago, este confirmou que
havia ateado fogo para queimar um lixo que estava formando nas proximidades de
sua residência. Informando ainda que uma guarnição da Polícia Militar já havia
passado pelo local e que ele já estava trabalhando para apagar o fogo. O Corpo
de Bombeiros foi então acionado para conter as chamas que fugiram do controle
do edil.
O escrivão, e comunicante do
caso, disse não ser a primeira vez que vizinhos cobram uma ação, pelo fato de
ser policial civil, que o vereador tem hábito de atear fogo no local. Diante a
situação o escrivão solicitou reforço policial e a condução do vereador foi
realizada, sem resistência. Após assinar o termo circunstanciado, foi liberado,
e por volta das 23h disparou vídeos contendo esclarecimentos e negando a
condução.
Dois vídeos de pouco mais de um
minuto cada, onde Machado inicia dizendo que recebeu algumas ligações
perguntando se ele estava na delegacia, e então afirma “não, estou na minha
casa tá. Aconteceu um negócio aqui em casa, que eu fui queimar lixo, papel
velho, e acabou o fogo pulando umas tábuas aqui” prometendo novos vídeos
mostrando o resultado, “coisa pouca gente, mas é assim mesmo”.
Machado confirma a ida até a
delegacia, “quero aqui de coração agradecer o doutor Vinicius, que me atendeu
muito bem, ao pessoal da delegacia [..] dei minha versão, ouviram”. Prometendo
um novo vídeo mostrando o local, o vereador se mostra vítima de perseguição,
“quem vê assim pensa que eu coloquei fogo na amazônia, mas é assim mesmo, eu me
sinto muito perseguido, muito perseguido mesmo, mas é porque a gente tá
trabalhando gente”. O presidente da Casa de Leis então inicia uma lista de
indicações realizadas por ele e alguns de seus companheiros de Casa.
Atear fogo em terreno vazio é
crime ambiental, o Boletim de Ocorrências registrado em desfavor do presidente
da Casa de Leis foi baseado no Decreto Lei nº 2.848/40 do Código Penal.
I Nativa News
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