O presidente do Sindicato dos Trabalhadores
no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira, fez um forte
discurso questionando o governador Mauro Mendes (DEM) sobre o possível retorno
das aulas na rede público a partir de maio, ainda em meio à pandemia do novo
coronavírus. Segundo ele, a ação levará morte para as famílias do Estado:
“Querem transformar estudantes em cobaias?”. O Executivo afirmou que vai
avaliar a evolução dos casos de coronavírus e a ocupação dos leitos
hospitalares públicos em Mato Grosso pelos próximos sete dias para determinar o
retorno para as unidades de ensino.
“Nos causa estranheza a pretensão
do governador de abrir a rede pública de ensino em plena pandemia do novo
coronavírus, alegando existência de UTIs e leitos hospitalares. Querem, com
esta medida, transformar nossos filhos e estudantes em cobaias? Não existe
vacina e nem tratamento para a doença. Com esta medida, a morte certamente
chegará às nossas famílias, por irresponsabilidade de governantes que não dão
valor à vida”, pontuou o presidente.
Valdeir ainda acrescenta que este
não é o momento dos alunos retornarem para as escolas, tampouco os
trabalhadores. “Não são ambientes seguros para ninguém. Portanto, é o momento
de pensar na vida em primeiro lugar”.
O Governo do Estado vai avaliar a
evolução dos casos até 30 de abril. A intenção é ter segurança antes de tomar
decisão pelo retorno das aulas nas escolas públicas e particulares.
O Decreto 462/2020, publicado em
edição extra do Diário Oficial do Estado de quarta-feira (22.04), estabelece
que caso a ocupação dos leitos hospitalares públicos exclusivos para a Covid-19
for menor que 60%, o retorno das atividades escolares está previsto para o dia
4 de maio.
Nesta data, a previsão do Governo
é de que estejam disponíveis 1.273 leitos exclusivos para pacientes do
coronavírus, tanto clínicos quanto de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Desta forma, se a ocupação
atingir número superior a 764 leitos, ou seja, acima dos 60%, haverá a
manutenção da suspensão das aulas, como forma de garantir a segurança dos
alunos e de toda a população. Atualmente, apenas seis pacientes estão
internados em hospitais públicos, sendo três em UTI e três em enfermaria.
As aulas foram suspensas no dia
23 de março como forma de prevenção e para diminuir a incidência da transmissão
da Covid-19. E a retomada das atividades escolares somente deverá ocorrer
seguindo orientações que serão determinadas em novo decreto.
Para garantir ambiente seguro
para os alunos, todas as medidas de higiene serão tomadas, como o uso de
máscaras de proteção por alunos e professores, utilização do álcool 70% e
distanciamento de 1,5m entre as pessoas.
Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto
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