Nesta terça-feira o Presidente e
diretor do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea/MT) foram surpreendidos com
a exoneração do cargo. Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do
Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (Sintap/MT), que
representa os servidores do Indea e Intermat, Rosimeire Ritter, a ação não
passa de retaliação. Segundo ela, a direção do órgão foi contra o projeto do
governo, aprovado recentemente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT),
que retira boa parte dos recursos das agências fomentadoras da defesa sanitária
animal para serem direcionadas ao Instituto Mato-grossense da Carne – IMAC.
Conforme o projeto em questão que
resultou na exoneração dos diretores, as receitas decorrentes da Taxa paga pela
indústria Frigorífica por animal abatido será totalmente destinada ao IMAC algo
em torno de R$ 6.500.000,00 e este fica responsável para repassar ao INDEA/MT
apenas 1,12% do valor recolhido. Anteriormente esta taxa se destinava ao FESA
em sua totalidade e este ficava responsável em repassar valores em conformidade
aos projetos encaminhados pelo INDEA/MT.
De acordo com a presidente do
Sintap/MT, o INDEA irá receber menos que o valor repassado ao IMAC, sendo que
os servidores do INDEA que hoje são em torno de 1.000 colaboradores e se
encontram nos 141 municípios de Mato Grosso e o IMAC possui menos de 5
colaboradores lotados na capital.
“Além de ser uma destinação
indevida onde se retira recursos financeiros de uma atividade preventiva para
se destinar a propaganda de um produto que poderá se tornar dúbio em virtude da
própria fragilidade da defesa agropecuária”, afirmou Rosimeire, alegando ainda que
“com a ausência de recursos e um orçamento insuficiente, vislumbramos um
cenário caótico para a defesa agropecuária, com fechamento de barreiras
sanitárias na fronteira Brasil-Bolívia, suspensão da retirada da vacinação
contra a febre aftosa prevista para 2022 e com isso o comprometimento do
mercado externo da carne mato-grossense, pois se não tivermos uma defesa forte
quem irá garantir a qualidade da carne que produzimos?”, argumenta a
presidente.
Para Rosimeire ainda, a atitude
da exoneração dos diretores é arbitrária. “Essa é mais uma forma do nosso
governador mostrar o seu desgoverno e o quanto ele não gosta dos servidores
públicos. Os diretores estavam apenas defendendo as ações da pasta, que
deixarão de ser executadas pela falta de recursos, pois além de todos os
problemas econômicos que esta alteração irá trazer, as condições de trabalho
dos servidores do INDEA também estarão comprometidas, uma vez que reformas
necessárias em unidades de atendimento, postos fiscais, alojamentos, manutenção
de veículos deixarão de existir pela simples falta de recursos, colocando
servidores para o trabalho em condições de risco”.
MT DE FATO
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