O presidente da República Jair
Bolsonaro (PSL) venceu o segundo turno das eleições de 2018 em 27 dos 34
municípios de Mato Grosso que correm o risco de serem extintos pelo novo Pacto
Federativo proposto pelo governo federal. Adversário dele no 2º turno, Fernando
Haddad (PT) conseguiu derrotá-lo em apenas sete.
Pela proposta entregue ao Congresso Nacional por Bolsonaro e pelo
ministro da Economia Paulo Guedes serão extintos os municípios com menos de cinco
mil habitantes e com arrecadação própria menor que 10% da receita total. Com a
extinção, essas cidades voltariam à condição de distritos dos municípios mais
próximos.
Entre as cidades que correm o
risco de serem extintas, Bolsonaro obteve a maior votação em Figueirópolis
D’Oeste. Segundo estimativa do IBGE lá existem 3.494 habitantes, e o presidente
da República conquistou 78,19% dos votos
válidos, o que significa o apoio de 1.581 votos eleitores.
Já Haddad conseguiu seu maior
percentual em Porto Estrela. No município, cuja
estimativa chega a 2.963 habitantes, o petista Porto Estrela fez 67,60%, o que representa 1.456 votos.
A
proposta integra o pacote de reformas denominada Plano mais
Brasil. Com o pacote de PECs, o Governo Federal tenta mudar a gestão das contas
públicas nas três esferas de governo às vésperas dos 20 anos da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
Embora os debates ainda não
tenham iniciado, a extinção dos municípios já enfrenta forte resistência em
Mato Grosso. Para o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM), a medida é
um retrocesso.
O presidente da Associação
Mato-Grossense dos Municípios, Neurilan Fraga (PSD), também se declarou
contrário. Para o prefeito de Araguainha
Silvinho (PSD), que administra a cidade menos populosa de Mato Grosso e a
terceira do país, a extinção dos pequenos municípios é um projeto “maluco e sem
lógica”.
RDNEWS
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