O Ministério Público do Estadual
(MPE) pediu na Justiça o afastamento do deputado Guilherme Maluf (PSDB) por
conta de sua possível participação no esquema de propinas montado na Secretaria
de Estado de Educação (Seduc), investigado na Operação Rêmora. O pedido ainda
será analisado pelo Tribunal de Justiça (TJMT).
Segundo investigações, Maluf
teria recebido R$ 40 mil do esquema montado com as empreiteiras. No total, o
esquema descoberto com a Operação Rêmora envolveria contratos que somavam R$ 56
milhões, parte do recurso retornaria para o grupo e seria usado para pagar
gastos do empresário Allan Malouf durante a campanha de Pedro Taques (PSDB)
para
No total, o esquema descoberto
com a Operação Rêmora envolveria contratos que somavam R$ 56 milhões, parte do
recurso retornaria para o grupo e seria usado para pagar gastos do empresário
Allan Malouf durante a campanha de Pedro Taques
governador, em 2014. Maluf teria
indicado funcionários para cargos na Seduc, que facilitavam o esquema. Dois
foram presos.
O esquema foi descoberto através
de denúncia anônima em 2016. Segundo o MPE, o esquema de fraudes a licitações
de obras e reformas de escolas na Seduc era composto por um grupo de servidores
liderado por Permínio Pinto, então secretário da Seduc.
Também, conforme a denúncia,
havia outro grupo formado por empreiteiros “cartelizados” e que pagavam propina
de 3% a 5% para poder participar das licitações orçadas em R$ 56 milhões, para
obras de reforma e construção de escolas em Cuiabá e no interior. O esquema envolve os empresários e delatores
Alan Malouf e Giovani Guizardi, assim como os ex-servidores Fábio Frigeri e
Wander Luiz dos Reis.
Caso acontece numa semana
decisiva para o parlamentar, que concorre a uma vaga de conselheiro no Tribunal
de Contas do Estado (TCE). Além dele, concorrem ao cargo o deputado Sebastião Rezende
(PSC) e o promotor Mauro Zaque.
Segundo o TJ, a defesa do
deputado pediu para que fosse afastada a competência do Tribunal Pleno para
julgar o processo da operação Rêmora e que fossem julgados pelas Câmaras
Criminais Reunidas.
O deputado estadual foi procurado
pela reportagem e negou que o seu afastamento foi pedido pelo Ministério
Público e ainda disse que as acusações do MPE se deve a disputa para o TCE.
Veja a manifestação do deputado:
O deputado estadual Guilherme
Maluf (PSDB) recebeu com estranheza, via imprensa, a notícia de um pedido de
afastamento do seu mandato feito pelo Ministério Público Estadual (MPE) no
âmbito da operação Rêmora. A defesa do parlamentar, sob o advogado Hélio
Nishiyama, esclareceu que não existe qualquer pedido de afastamento do
parlamentar de suas funções.
“Na condição de advogado do
Deputado Estadual Guilherme Antonio Maluf nos autos n. 128660/2017, em curso no
TJMT, esclareço que a petição n. 856/2019, subscrita pelo Dr. Antônio
Sergio Cordeiro Piedade, Coordenador do NACO, juntada aos autos na data de
11/02/2019, refere-se ao parecer do Ministério Público Estadual em relação
ao nosso pedido formulado em 01/02/2019, portanto, não se trata de pedido
formulado pelo Ministério Público Estadual de afastamento do cargo de
Deputado Estadual", disse a defesa.
Guilherme lamentou o nível baixo
que está sendo levada a disputa por uma indicação ao cargo de conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso e se colocou, como sempre,
confiante no trabalho da Justiça.
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