As buscas por vítimas e
sobreviventes do rompimento de uma barragem da mineradora Vale foram retomadas
na manhã desta segunda-feira (28) em Brumadinho, na região metropolitana de
Belo Horizonte. Até agora, 58 mortes e 305 desaparecidos foram confirmados
pelas autoridades.
Neste quarto dia de buscas, 130
militares de Israel vão reforçar os trabalhos de resgate. A barragem de
rejeitos se rompeu na sexta-feira (25) e ficava na mina de Córrego do Fundão. A
lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo da empresa.
Entre as vítimas estão moradores locais e funcionários da Vale.
O número de mortos deve aumentar,
segundo o tenente coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais. Em
entrevista, ele afirmou que há corpos dentro de um segundo ônibus soterrado
perto do centro administrativo da Vale em Brumadinho. A quantidade de vítimas
dentro do veículo, no entanto, não foi confirmada.
Por causa da localização do
ônibus soterrado, as autoridades haviam decidido não suspender as buscas
durante a madrugada. No entanto, o alto volume de lama impediu que os trabalhos
continuassem. As buscas foram interrompidas na noite de domingo e foram retomadas
por volta das 4h desta segunda-feira (28).
Também na noite de domingo um
avião com cerca de 130 militares e 16 toneladas de equipamentos enviados por
Israel chegou ao aeroporto de Confins. A tropa vai ajudar nas buscas por
vítimas. Os israelenses passaram a viagem planejando os trabalhos. No aeroporto
em Confins, os estrangeiros se reuniram com equipes que comandam os resgates em
Brumadinho.
O que se sabe até agora:
Dos 58 mortos confirmados, 19
foram identificados;
192 sobreviventes foram resgatados;
Entre as 305 pessoas
desaparecidas, há moradores locais e funcionários da Vale. No sábado, a
mineradora divulgou uma lista com nomes de pessoas que não foram encontradas;
Familiares de desaparecidos
buscaram informações no IML de BH. Uma força-tarefa foi formada, mas a
identificação dos corpos é difícil;
Bombeiros divulgaram lista de 183
nomes de pessoas que foram achadas vivas;
A Vale já teve três bloqueios de
recursos, de R$ 1 bilhão, e dois de R$ 5 bilhões e recebeu multas no total de
R$ 350 milhões;
A Vale suspendeu bônus a
executivos da empresa e pagamento de lucros a acionistas e criou 2 comitês para
acompanhar a tragédia;
As Polícias Federal e Civil
abriram inquéritos sobre o rompimento;
O presidente Jair Bolsonaro,
ministros, o governador Romeu Zema e a procuradora-geral da República, Raquel
Dodge sobrevoaram a áreae prometeram ações de investigação, punição e
prevenção;
A ONU emitiu nota de pesar e
ofereceu ajuda nos esforços de busca;
O Instituto Inhotim, que fica em
Brumadinho, ficará fechado até dia 31.
Fonte: G1
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