Vai ter troco”, “vamos parar Mato
Grosso”. Com estas frases, citadas nas galerias da Assembleia Legislativa
enquanto os deputados votaram a favor do pacotão de medidas enviadas pelo
governador Mauro Mendes (DEM), os servidores públicos estaduais prometiam
preparar uma greve geral em todo o Estado, parando de uma vez com a máquina
administrativa. Os servidores entendem que a decisão do governador prejudica
apenas o funcionalismo público e que ele deveria ter tomado outras decisões,
como acabar com incentivo fiscais a empresários que não pagam impostos.
A principal irritação dos
servidores foi com relação a aprovação da Revisão Geral Anual (RGA), que
deixará os servidores sem aumento salarial, além da garantia dada ao governador
de extinguir empresas públicas como o MTI, responsável pelo sigilo eletrônico
de todo o Estado e a arrecadação de impostos junto a Secretaria de Fazenda.
Em meio aos gritos de “vai ter
troco”, Oscarlino Alves, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da
Saúde de Mato Grosso (Sisma) e integrante do Fórum Sindical disse que a atitude
dos parlamentares “é uma vergonha para Mato Grosso, lamentável”. Para ele, os
deputados, mesmo apresentando algumas emendas, consideradas inócuas, fizeram o
papel que o governo queria, aprovaram tudo, sem se preocupar com os servidores.
“Esses caras não pensam em ninguém. Ganham muito bem para o pouco de bem e
muito de mal que fazem para nós”. Completou revoltado.
“Foi uma cócega, uma coisa muito
amena para não sair tão ruim, porque a gente estava ocupando o plenário,
fizeram uma proposta, mas não resolve praticamente nada. As emendas não mudam
muita coisa”, disse um servidor, preocupado com a situação que os funcionários
vão viver na atual gestão.
Pouco depois, em um breve
encontro, antes de deixarem as galerias, integrantes do Fórum Sindical anunciaram
que vão se reunir os nos próximos dias e programar assembleias com os
servidores para dar o troco, com uma grande greve, jamais vista no Estado.
“Vamos fazer as reuniões e as
assembleias. É possível, estamos com salário atrasado. Tivemos dilapidados os
nossos direitos que foram construídos há décadas”.
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