2019/01/25

Aos gritos de 'vai ter troco', servidores prometem greve geral em MT


Vai ter troco”, “vamos parar Mato Grosso”. Com estas frases, citadas nas galerias da Assembleia Legislativa enquanto os deputados votaram a favor do pacotão de medidas enviadas pelo governador Mauro Mendes (DEM), os servidores públicos estaduais prometiam preparar uma greve geral em todo o Estado, parando de uma vez com a máquina administrativa. Os servidores entendem que a decisão do governador prejudica apenas o funcionalismo público e que ele deveria ter tomado outras decisões, como acabar com incentivo fiscais a empresários que não pagam impostos.

A principal irritação dos servidores foi com relação a aprovação da Revisão Geral Anual (RGA), que deixará os servidores sem aumento salarial, além da garantia dada ao governador de extinguir empresas públicas como o MTI, responsável pelo sigilo eletrônico de todo o Estado e a arrecadação de impostos junto a Secretaria de Fazenda.

Em meio aos gritos de “vai ter troco”, Oscarlino Alves, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma) e integrante do Fórum Sindical disse que a atitude dos parlamentares “é uma vergonha para Mato Grosso, lamentável”. Para ele, os deputados, mesmo apresentando algumas emendas, consideradas inócuas, fizeram o papel que o governo queria, aprovaram tudo, sem se preocupar com os servidores. “Esses caras não pensam em ninguém. Ganham muito bem para o pouco de bem e muito de mal que fazem para nós”. Completou revoltado.

“Foi uma cócega, uma coisa muito amena para não sair tão ruim, porque a gente estava ocupando o plenário, fizeram uma proposta, mas não resolve praticamente nada. As emendas não mudam muita coisa”, disse um servidor, preocupado com a situação que os funcionários vão viver na atual gestão.

Pouco depois, em um breve encontro, antes de deixarem as galerias, integrantes do Fórum Sindical anunciaram que vão se reunir os nos próximos dias e programar assembleias com os servidores para dar o troco, com uma grande greve, jamais vista no Estado.

“Vamos fazer as reuniões e as assembleias. É possível, estamos com salário atrasado. Tivemos dilapidados os nossos direitos que foram construídos há décadas”.

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