Polícia faz a segurança na região — Foto: PM-MT/ Divulgação |
Um índio que foi baleado em um
confronto entre indígenas e funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai),
na quarta-feira (10), em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, está internado na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Lucas, em Juína, a 737 km da
capital. No confronto, outro indígena morrreu após ser atingido com tiros, na
base da Funai. Em nota emitida nessa sexta-feira (12), a Funai informou que
está acompanhando o caso junto com a polícia.
A unidade de saúde confirmou que
o paciente está internado na UTI, mas que não pode informar detalhes do estado
de saúde dele.
O sargento da Polícia Militar
Anderson Claudino de Freitas, que atua em Colniza e atendeu a ocorrência,
afirmou que, inicialmente, logo que ele e outros policiais da equipe da PM
chegaram ao local do confronto, a informação era de que um índio tinha morrido,
mas que logo depois foi confirmado que outro índio tinha sido baleado.
Ele explicou que um grupo de
índios armados chegou à base da Funai em dois carros e uma moto na aldeia e que
esse índio que morreu estava na motocicleta.
"O índio que estava na moto
morreu e o restante recuou e fugiu. Depois, soubemos que outro índio tinha sido
ferido no abdômen e então fomos até o Distrito de Guariba (comunidade mais próxima
da reserva) para procurá-lo e recebemos a informação de que ele tinha sido
socorrido e levado para Juína", disse.
O corpo do índio que morreu foi
levado para o necrotério de Colniza. Ainda não há informação sobre a liberação.
O conflito
Segundo o sargento da PM, os
indígenas invadiram a sede da Funai depois de estourarem o cadeado de uma
porteira.
"O chefe da Funai já vinha
recebendo ameaças de morte e, inclusive, já tinha oficializado o crime. Os
funcionários da Funai estavam sendo proibidos de passarem pela estrada dentro
da reserva", disse.
Conforme o policial, o
coordenador da Funai estava assistindo TV quando ouviu um barulho de carro se
aproximando do local e percebeu que se tratavam dos indígenas.
"Como já havia essas
ameaças, os funcionários da Funai já estavam preparados e revidaram ao ataque,
atirando contra eles", disse.
Foram apreendidas oito armas de
fogo que pertecem à Funai e entregues à Polícia Federal para perícia.
A segurança na reserva indígena
está sendo feita pela Força Nacional e agentes do Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Briga por território
Conforme o sargento da PM, a base
da Funai fica em uma área de mais de 400 mil hectares, pertences a índios de
duas etnias, uma delas a Kawariva.
O coordenador da Funai admitiu,
segundo a polícia, que dispararam contra os índios.
COLNIZA/JUINA
FONTE G1 MT
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