Habeas corpus foi deferido pela 1ª Câmara Criminal do TJMT após pedido do sargento da PM. |
O sargento da Polícia Militar, Marcelo Gonçalves da Silva, 43 anos, pediu para que a Justiça soltasse a mulher dele, Ozélia Francisca Amaral, 40 anos, apesar de ela ter dado um tiro no peito dele durante uma briga do casal, no último dia 31 de julho, em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá). O pedido inusitado foi aceito nesta terça-feira (18), pela turma de desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).
Marcelo encaminhou uma carta aos
desembargadores, pedindo para que fosse concedido o habeas corpus à
esposa. No texto, o militar afirma que
deseja “manter o matrimônio e a unidade familiar”, e que por isso é necessária
a soltura da companheira para que ela cuide do filho do casal de quatro anos de
idade.
A carta foi lida durante a sessão
pelo desembargador Paulo da Cunha, relator do processo, que concedeu a
liberdade para mulher que tentou matar o marido na frente do filho. O voto dele
foi acompanhado pelos demais magistrados.
Na primeira instância, o juiz do
caso havia negado o habeas corpus, apesar do Ministério Público Estadual (MPE)
– em Rondonópolis – ter emitido parecer favorável à ré.
Apesar da soltura, o
desembargador Cunha impôs algumas medidas cautelares à mulher, como não sair da
cidade de Rondonópolis, além de comparecer mensalmente em juízo para relatar
sua rotina.
O caso
O sargento da PM foi baleado no
peito pela mulher na residência do casal, no bairro Parque Rodolfo, em
Rondonópolis (218 km de Cuiabá). A tentativa de homicídio aconteceu na frente
do filho de quatro anos, que saiu correndo após os tiros. Foram quatro disparos
no total.
De acordo com a Polícia Militar,
após os tiros, Ozélia ligou para a polícia e socorreu o marido. Ela o
acompanhou até uma unidade de saúde e depois foi presa.
Aos policiais, ela confessou o
crime e disse que foi por motivo fútil. Os dois estavam no quarto do casal
quando começaram a discutir por causa de mensagens no celular. Ela queria ver
as mensagens do celular dele, mas ele não deixou.
A briga continuou e o PM disse
que não aguentava mais e iria sair de casa e pediu para que encerrassem a
discussão, pois ele precisava dormir. Foi quando ele se deitou e ela pegou a
arma dele, que ficava em cima do guarda-roupas.
O filho do casal dormia no mesmo quarto quando mulher atirou contra o
marido.
Na época, o sargento foi
internado em estado grave e teve que passar por cirurgia de risco para retirar
a bala que ficou alojada no peito.
RepórterMT/Reprodução
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