A Polícia Judiciária Civil de
Campo Novo dos Parecis (396 km a Noroeste) deflagrou na manhã desta terça-feira
(12) a segunda fase da operação que investiga desvios milionários em uma
cooperativa de produtores de álcool e cana-de-açúcar do município. O ex-diretor
financeiro da entidade foi preso em cumprimento a mandado de prisão preventiva
em seu desfavor.
A primeira fase da operação que
apurou desvio de R$ 23 milhões da cooperativa foi deflagrada em julho de 2017.
Na ocasião, a Polícia Civil
conseguiu autorização judicial (2ª Vara da Comarca de Campo Novo do Parecis),
com parecer positivo do Ministério Público para bloqueio dos bens de Nivaldo
Francisco Rodrigues, apontado como líder do esquema criminoso.
Á época dos fatos o suspeito
passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Em continuidade aos trabalhos
investigativos verificou-se que Nivaldo havia movimentado entre o final de 2017
e começo de 2018 cerca de R$ 1 milhão – ato a que estava expressamente proibido
por determinação judicial e motivou nova prisão do investigado que foi cumprida
em sua residência na manhã desta terça-feira (12).
De acordo com o delegado da
Polícia Civil que coordena a investigação, Adil Pinheiro de Paula, os desvios
na cooperativa podem ser bem maiores aos R$ 23 milhões orçados inicialmente.
“Além do acréscimo de valores, a
investigação avança com a identificação de outros integrantes da organização
criminosa que usava notas fiscais de empresas de fachada em Mato Grosso
(originadas na região de fronteira, Tangará, Sinop, etc) e outros Estados como
Goiás, São Paulo e Minas Gerais para realizar os desvios como se o serviço
tivesse sido prestado. São empresas que forneciam notas fiscais 'frias' e
auxiliavam na lavagem de dinheiro”, explica o delegado.
Em curto período de tempo são
esperadas novas prisões vinculadas ao grupo criminoso liderado pelo ex-diretor
financeiro da cooperativa.
Um mês após o desligamento de Nivaldo, ocorrido maio de
2017, ainda houve uma tentativa de desvio da cooperativa, quando o suspeito ligou
para empresa solicitando que fosse realizado um pagamento de R$ 467 mil em
favor de terceiro.
A cooperativa vítima tem 46
cooperados, divididos em 19 famílias, sendo quase a totalidade dessas famílias
residentes Campo Novo do Parecis e constituiem parte importante dos geradores
de renda e emprego da cidade.
Fonte: FOLHAMAX
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