Ele disse que 'minoria radical'
insiste na paralisação, apesar do acordo do governo com caminhoneiros. Segundo
ministério, caminhões não poderão ficar nem nos acostamentos.
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O presidente Michel Temer disse
nesta sexta-feira (25), em pronunciamento no Palácio do Planalto, que acionou
forças federais para desbloquear estradas, ocupadas por caminhonheiros em
greve.
Temer optou por acionar as forças
federais depois de se reunir com ministros para uma “avaliação de segurança” no
país, já que a greve dos caminhoneiros continuou, apesar do acordo firmado
entre governo e representantes da categoria na noite de quinta (24).
Segundo a assessoria do
Ministério da Segurança Pública, as forças federais incluem Exército, Marinha,
Aeronáutica, Força Nacional de Segurança e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O governo informou que já entrou
em contato com governadores, para que as polícias militares também sejam
utilizadas na operação para desbloquear rodovias estaduais.
Em razão da paralisação, faltam
alimentos em supermercados e combustível em postos de gasolina. O transporte
coletivo em diversas cidades foi afetado, indústrias pararam atividades e voos
começaram a ser cancelados por falta de combustível nos aeroportos.
“Comunico que acionei as forças
federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos
senhores governadores que façam o mesmo.”
Temer disse que tomou a decisão
para evitar desabastecimento generalizado para a população.
“Não vamos permitir que a
população fique sem gêneros de primeira necessidade. Não vamos permitir que os
hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas. Não vamos permitir que crianças
sejam prejudicadas pelo fechamento de escolas. Como não vamos permitir que
produtores tenham seu trabalho mais afetado”, afirmou Temer.
O governo vai publicar um decreto
na tarde desta sexta-feira para autorizar o acionamento das forças federais.
Apesar do decreto ainda não ter
sido publicado, as Forças Armadas já estão mobilizadas, segundo o governo, mas
vão esperar a publicação para iniciar os trabalhos.
Ainda de acordo com a assessoria,
as rodovias devem ser totalmente liberadas. Com isso, caminhoneiros
manifestantes não poderão ficar nem no acostamento. Os militares vão poder
entrar em caminhões, se for o caso, para retirá-los da via.
Os caminhões poderão ser
apreendidos e os motoristas, presos.
O governo informou que já entrou
em contato com governadores, para que as polícias militares também sejam
utilizadas na operação para desbloquear rodovias estaduais.
Segundo o governo, a prioridade
do desbloqueio é garantir abastecimento de combustível em seis aeroportos e
duas termelétricas. Entre os aeroportos, estão Brasília, Recife, Congonhas,
Confins e Porto Alegre.
Minoria radical’
Temer disse que o governo atendeu
aos pedidos dos caminhoneiros, mas, segundo ele, uma “minoria radical” não quis
cumprir o acordo.
“Atendemos 12 reivindicações
prioritárias dos caminhoneiros, que se comprometeram a encerrar a paralisação
imediatamente. Esse foi o compromisso conjunto. Esse deveria ter sido o
resultado do diálogo”, disse o presidente.
“Muitos caminhoneiros, aliás, estão
fazendo sua parte, mas infelizmente uma minoria radical tem bloqueado estradas,
impedido que muitos caminhoneiros levem adiante o seu desejo de atender a
população e fazer o seu trabalho”, completou.
Protesto de caminhoneiros na BA-526, em Simões Filho, na
Bahia (Foto: Juliana Almirante/ G1)
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