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O prefeito de San
Buenaventura, município do norte de La Paz, sofreu no fim de semana um castigo
por sua suposta má gestão: Javier Delgado foi amarrado pela perna, de acordo
com o jornal “El Deber”.
Para o prefeito, houve “uma total confusão, uma tergiversação
[distorção] da informação” motivada por pessoas que buscam revogar o seu
mandato. Segundo ele, no protesto havia pessoas defendendo interesses pessoais
e políticos.
Uma foto divulgada pelo jornal, mostra o prefeito sentado no
chão, com a perna presa a uma estrutura de madeira, conhecida como “cepo”. Uma
“punição” que ele já tinha sido submetido em 2015 e 2016 no povoado de
Tumupasa, um assentamento da etnia Tacana. O jornal "El Dia" afirma
que nas duas primeiras ocasiões ele foi acusado de não cumprir suas funções e
mentir para seus eleitores.
'Castigo moral'
Delgado afirmou que não pode se defender porque estava
“praticamente decidido o castigo” ainda que depois ele tenha conseguido
esclarecer a situação.
“Tenho o vídeo em que eles me pedem desculpas em público.
Trata-se de uma intransigência por má informação, por desinformação
intencionada”, declarou.
Delgado declarou ter ficado profundamente triste com o
ocorrido. “[Foi um castigo] mais que físico, moral”.
Punição: costume indígena
Os povos indígenas bolivianos se guiam por princípios éticos
“não seja fraco, não seja mentiroso, não seja ladrão” e pelo conceito de
justiça comunitária, reconhecido na Constituição de 2009.
Porém, a justiça comunitária não prevê punições físicas,
como o “cepo”, mas apenas sanções menores como multas ou trabalhos
comunitários, de acordo com o Infobae.
A lei prevê que os moradores “julguem” apenas delitos
menores como roubo de gado ou invasão de terras. Os crimes mais graves devem
ser encaminhados à justiça comum.
Moradores da área rural costumam ir além e chegam a tomar
atitudes extremas, como linchar ladrões.
BOLÍVIA Alcalde fue castigado con una hora en el cepo
bit.ly/2EUOUFN
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