Em depoimento prestado ao
delegado Gutemberg de Lucena Almeida, Adriano Alves Manoel, de 33 anos,
confessou ter matado o pai, o policial civil Noraíde Manoel Morais, de 64 anos,
e a sua mãe, Elza Alves Manoel, de 63 anos, dentro do rancho da família, às margens
do Rio Jauru, na tarde de segunda-feira (5), no Município de Glória D’Oeste
(312 km de Cuiabá).
Na oitiva, Adriano, que é
dependente químico, disse que havia ingerido remédios e usado drogas no momento
do crime. O acusado contou que havia sido agredido pelo pai com soco e que
posteriormente, o policial começou a lhe dar “lição de moral” para que ele
largasse as drogas. Logo depois, Noraíde deitou na rede e continuou a dar
conselhos ao filho.
Após ser chamado atenção, Adriano
teria se irritado e pego uma faca que estava em cima de uma mesa e acertado o
tórax do policial.
Ao ver o marido sendo ferido,
Elza que estava sentada perto da rede, se levantou e tentou intervir. Para
impedir que a mãe se aproximasse, Adriano deu uma facada no abdômen da mulher.
Após o crime, o acusado deixou as
vítimas no local e fugiu correndo para beira do Rio Jauru, onde descartou a
faca. Pouco tempo depois, Adriano ouviu alguém chegando na porteira. Ao ir até
o local, viu que se tratava de um caminhoneiro que iria fazer uma entrega em
outra propriedade.
O caminhoneiro disse ter ouvido
os gritos e havia ido ao local para ver o que estava acontecendo.
No tempo em que Adriano foi se
livrar da faca, Noraíde conseguiu ir até o guarda roupa, onde estavam guardadas
duas armas de fogo, porém não conseguiu alcançar as armas e ficou caído no
cômodo.
Neste momento, Adriano chegou ao
rancho com o vizinho para fazer o resgate do pai, no entanto, Noraíde já estava
morto. O acusado disse ao homem que não ouviu os gritos do pai.
Enquanto isso, Elza ainda estava
viva. Um outro vizinho foi até o local e ajudou Adriano a levar o casal até o
até o Posto de Saúde da cidade de Porto Esperidião (325 km de Cuiabá). No
entanto a mulher morreu pouco tempo depois de dar entrada na unidade de saúde.
"Adriano já cometeu vários
crimes, entre eles uso e tráfico de drogas. Ele confessou que matou os pais e
justificou, dizendo que o pai o agrediu. Ele disse que tinha bebido, tomado
alguns remédios e durante a lição de moral, ele matou o pai. A mãe interveio e
ele, na sequência, desferiu as facadas na mãe", disse o delegado Gutemberg
que investiga o caso.
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