| Foto: Arquivo da família |
Vítima da doença
Com o avanço da doença, Silvia contou
com a ajuda da filha, de 9 anos, nos últimos meses de vida
Silvia Cezário de Souza, aos 27
anos, era uma mulher saudável e sonhadora.
Afim de alcançar os planos para a família, trabalhava como cozinheira de
uma escola pública de Sinop e cursava sua segunda faculdade. Mas a vida de Silva começou a mudar após as
dores de cabeça e vômitos se transformarem em idas frequentes ao Hospital
Regional, levando a seis diagnósticos errados, até a sua morte.
Em abril de 2015, Silvia sentiu
as primeiras dores que passariam a acompanhá-la por oito meses. Na UPA (Unidade
de Pronto Atendimento), não houve diagnóstico e ela voltou para casa. Com dores cada vez mais intensas, no dia 17
de maio, o esposo de Silvia a levou ao Hospital Regional, e a médica Carolina
Maria fez o primeiro diagnóstico, problemas psiquiátricos.
“Minha filha era uma pessoa
sempre alegre, para cima, de bem com a vida. Queria terminar a faculdade e
cuidar da filha, como poderia estar com depressão?” relata Dona Hilda.
Mesmo tomando fortes analgésicos,
as dores de cabeça e vômitos se intensificaram, e o pior, Silva começou a
perder a coordenação motora. De volta ao
Hospital Regional, o médico Alex Okamura receitou mais medicamentos e
determinou o retorno para casa.
A família levou Silva outras 21
vezes ao Hospital Regional, e sempre foi medicada com antidepressivos e
analgésicos. No dia 4 de setembro de
2015, sem conseguir suportar a dor de cabeça, a médica Beniellem Zarelli
atendeu a paciente e declarou que Silvia sofria de transtornos ansiosos,
permitindo sua volta para casa.
Silvia retornou outras duas vezes
ao hospital, até sofrer enrijecimento dos músculos e a perda da capacidade
motora. Desta vez, a paciente ficou internada e o médico Marcelo
Naves a diagnosticou com a Doença de Wilson, outro diagnóstico errado.
Quinze dias antes de sua morte, o
médico Cristhian Teruya fez o reconhecimento sobre o mal do qual padecia
Silvia. A paciente sofria de Criptococose, conhecida como a doença do pombo.
O diagnóstico chegou tardio e não
houve tempo necessário para que Silvia fosse salva.
GCNotícias+
Segundo a ação criminal,
promovida pela família, contra o Hospital Regional, Silvia contraiu a chamada
doença do pombo na escola em que trabalhava. A mãe suspeita que numa das vezes
em que varreu as fezes dos pombos, ela possa ter respirado e inalado o pó dos
dejetos secos.
O caso de Sílvia, além de
levantar a gravidade da má-formação profissionais de médicos e outros
profissionais de saúde, evidencia o problema da convivência com os pombos e a
falta de cuidados das pessoas e dos gestores públicos. “Está passando da hora
de todos serem orientados como lidar com esses animais e os cuidados com a
transmissão de doenças”, alerta o advogado Etevaldo Balbino.
Fonte: André Jablonski
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.