2017/07/26

Mayara foi morta em motel e depois jogada no Inferninho, diz polícia

Anderson, Ronaldo e Luiz Alberto, presos pela polícia. (Foto: Marcos Ermínio)
Trio foi preso pelo crime na tarde desta quarta-feira (26); entre os envolvidos está um músico, que teria um relacionamento com a jovem.
Três homens foram presos pela morte da musicista Mayara Amaral, 27 anos, que teve o corpo parcialmente carbonizado, e foi jogada, sem vida, na região do Inferninho, em Campo Grande, nesta terça-feira (25). O crime teria sido praticado durante uma emboscada, preparada por dois dos envolvidos, no motel Gruta do Amor, na saída para Rochedo.
De acordo com o delegado Tiago Macedo, um dos suspeitos, Luis Alberto bastos Barbosa, 29 anos, que também é músico, contou que tinha um relacionamento com a moça e combinou um encontro com ela no motel, por volta das 22h de segunda-feira (24).

Sem que a jovem soubesse, ele levou um amigo para o encontro, Ronaldo da Silva Moeda, 30 anos. No local, os dois teriam mantido relações sexuais com a jovem, segundo eles, com o consentimento dela.


Mas o plano da dupla era outro. Segundo o delegado, eles já haviam combinado de roubar o carro e outros pertences da moça, e depois assassiná-la. Quando ela percebeu a emboscada, tentou reagir, mas acabou morta.
Mayara foi encontra morta no começo da noite de ontem (Foto: reprodução/Face
Mayara teria sido espancada pelos dois homens até a morte. Depois disso, já na madrugada, eles colocaram o corpo dela no carro e partiram para casa de Anderson Sanches Pereira, 31 anos, amigo dos dois.

No endereço, ainda não revelado pela polícia, o trio teria chegado a enterrar o corpo da moça no quintal, mas voltou atrás e, para não levantar suspeitas, acabou decidindo levá-lo para a região do Inferninho, onde atearam fogo.

Os três negam o crime, mas irão responder por latrocínio – roubo seguido de morte - e ocultação de cadáver.

Em apresentação à imprensa, Luis alegou que é usuário de drogas e não se lembra do que ocorreu, muito menos quem teria matado a jovem. Já os comparsas dele, disseram que não participaram do crime, apenas teriam combinado a compra do carro que era da jovem, por R$ 1 mil.

Versão contestada pela polícia, já que, segundo o delegado, foi o próprio Luis quem entregou o paradeiro dos "amigos", encontrados usando o carro da jovem, na região Central da Capital.

Luis é músico, baterista de uma banda, por isso teria se aproximado da vítima há cerca de um mês. Ele não tem passagem pela polícia. Já a profissão de Ronaldo e Anderson não foi divulgada. Os dois já foram presos por tráfico e furto, segundo o delegado.

O delegado afirma que encerrará o inquérito no prazo de dez dias. Outras pessoas, incluindo amigos e parentes da vítima, serão ouvidos.
O caso

Mayara estava desaparecida desde segunda-feira (24), quando saiu com duas amigas para ensaiar com a banda. Ela teria sumido após brigar com o namorado.

Ontem à noite, a mãe dela procurou a polícia após receber mensagem - provavelmente de uma pessoa se passando pela vítima - dizendo: “Você está onde agora? Ele é louco mãe. Está me perseguindo. Estava na casa dele e brigamos feio”. O corpo já tinha sido encontrado, mas até então estava sem identificação.

A vítima foi localizada por moradores às margens da rodovia que dá acesso à cachoeira do Inferninho. De acordo com a delegada Priscilla Anuda Quarti Vieira, que atendeu a ocorrência, havia sinais de pancadas na cabeça da mulher. "Ainda não dá pra saber se foi uma pedrada ou uma paulada", disse.

O fogo que carbonizou parte do corpo de Mayara teria começado primeiro na mata e depois atingido a vítima, encontrada apenas de calcinha.

O incêndio na vegetação começou por volta das 16h. Uma hora depois fazendeiros que passavam pela estrada avistaram o corpo, que ainda estava em chamas. Eles, então, acionaram o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar).
Martelo usado por criminosos para matar a vítima (Foto: Henrique Kawamin
Fonte: campograndenews
Por: Luana Rodrigues e Amanda Bogo

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