Nádia de Oliveira, de 50 anos,
foi morta a tiros e o corpo foi achado em canavial nesta segunda-feira (3).
Ex-marido indicou local à polícia e foi levado ao CDP
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O corpo da secretária Nádia de
Oliveira, de 50 anos, encontrada morta nesta segunda-feira (3) em um canavial
em Cruz das Posses, distrito de Sertãozinho (SP), será enterrado em Santa Rosa
de Viterbo (SP). Abalado com a morte da mãe, Leonardo de Oliveira Caetano diz
que espera que o pai, que confessou o assassinato à polícia, seja punido.
“Espero que meu pai passe o resto da vida dele apodrecendo na cadeia.”
Desde o desaparecimento da mãe em
junho, Leonardo acreditava no envolvimento do pai no caso e que ele poderia
atentar contra a vida de Nádia.
O suspeito, André Luiz Pinho
Caetano, de 44 anos, teve a prisão temporária decretada e indicou o local onde
estava o corpo à polícia. O casal estava separado há um ano e meio, e segundo
familiares, ele não aceitava o fim do relacionamento.
De acordo com o delegado Ricardo
Turra, André Luiz foi indiciado por homicídio qualificado. Ele foi levado ao
Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pontal (SP), e deverá ter a prisão
temporária convertida em preventiva.
Violência
Nádia estava desaparecida desde
23 de junho, quando deixou o local de trabalho – um hangar no Aeroporto Leite
Lopes, em Ribeirão Preto (SP) – acompanhada do ex-marido. Câmeras de segurança
registraram o momento em que os dois saíram de moto.
Segundo o suspeito, Nádia foi
morta no mesmo dia com dois tiros e o corpo foi deixado no canavial. Confirmando
a investigação da polícia, André Luiz revelou que vendeu o próprio carro para
comprar a arma usada no crime. Ele disse que o revólver foi jogado no Rio
Pardo, junto com as roupas de Nádia. O homem contou que a vítima manteve
relação sexual com ele na tentativa de se salvar.
Após matar a ex-mulher, Caetano
disse que foi para a casa da mãe dele em Sertãozinho e tentou se suicidar
ingerindo veneno para ratos. Ele foi socorrido pelo irmão e ficou dez dias
internado na Santa Casa, até receber alta na manhã desta segunda-feira.
“Eu sempre faço essas palhaçadas,
compro daqueles potinhos de rato e tomo tudo. Estou morrendo aos poucos”, disse
André Luiz, destacando que confessou o crime para que os filhos pudessem
enterrar o corpo da mãe.
Ciúmes
O suspeito afirmou que matou a
ex-mulher por ciúmes depois que descobriu que ela estava em outro
relacionamento. “Eu matei minha esposa. Meu menininho de 2 anos falou para mim:
‘ô pai, a mãe tem um namorado’. Gente, não é por nada, não é culpa dela, ninguém
é de ninguém, eu não devia ter feito isso, não dá o direito de tirar a vida de
ninguém”, afirmou.
Filho mais velho do casal,
Leonardo diz que o pai sempre foi violento e que as agressões contra a mãe
resultaram em uma medida protetiva determinada pela Justiça que o obrigava a
manter distância da ex-mulher. De acordo o estudante, André Luiz também é
usuário de drogas. Na época do desaparecimento, o jovem declarou que acreditava
que a mãe tivesse sido chantageada para subir na moto.
Tristeza
Nesta terça-feira, Leonardo
lembrou o carinho da mãe com os filhos e disse que ela sempre foi batalhadora,
desempenhando os papéis de mãe e pai na família.
“Minha mãe sempre foi uma mulher
guerreira, fazia de tudo por mim e por meu irmão. Dava amor e carinho, sempre
foi e sempre será minha rainha e também meu rei, já que ela fazia papel de pai
e mãe. Uma mulher com um coração imenso, uma felicidade contagiante e um amor
pela vida que eu nunca vi igual. Não tenho palavras pra descrever o que eu
sinto, é tudo muito complexo”, afirmou.
G1
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