Assentados teriam sido acusados
de invasão de área indígena e, agora, temem perder seus lotes.
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O deputado Valdir Barranco (PT)
esteve nesta segunda-feira (10) na sede do Ibama, em Mato Grosso. O parlamentar
acompanhou o prefeito de Brasnorte, Mauro Rui Heisler (PSD), e o vereador Pedro
Coelho (PT) que denunciaram à superintendência do instituto supostas
irregularidades praticadas por um grupo de técnicos que atuam no município.
Segundo Coelho, “eles estariam tentando expulsar agricultores familiares do
assentamento Tibagi e também de uma área do Banco da Terra que fazem divisa com
uma reserva indígena sob a alegação de que os lotes pertencem a estes povos.”
O parlamentar pediu a apuração
imediata do caso. “O Ibama precisa averiguar se de fato há envolvimento de
técnicos do instituto nesta ação irregular. O assentamento é legal: eu mesmo
trabalhei em sua regularização quando fui superintendente do Incra. Quanto a
outra área, trata-se de uma aquisição do Banco do Brasil via programa Banco da
Terra. Portanto, as áreas não pertencem aos povos indígenas. Vamos tomar todas
as medidas para garantir o direito à terra.”
A denúncia casou surpresa. “Não
tenho esta informação. O que temos feito hoje é solicitar a retirada de pessoas
de áreas que foram desmatadas e ocupadas irregularmente para que se faça o
reflorestamento, isso seguindo a lei e sob orientação nacional. Não atuamos com
reintegração de posse ou qualquer outra ação voltada aos povos indígenas. Vamos
investigar o caso e nos pronunciaremos em seguida”, garantiu Lívia Martins.
Em tempo – Barranco aproveitou a
visita ao Ibama para saber como está o processo de retirada do Incra do
cadastro de inadimplentes (Cadin) do instituto, o que tem provocado o embargo
de centenas de famílias de pequenos agricultores em todo o Estado. “A
superintendente me garantiu que o Incra já está fora do Cadin. Portanto, os
assentados dos P.As Mercedes I e II, do município de Tabaporã, por exemplo, já
poderão buscar o desembargo junto à autarquia. Isso possibilitará acesso à
créditos, financiamentos e a comercialização de produtos. Depois de muita luta,
uma excelente notícia para a agricultura familiar.”
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