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“Por eu conhecer a região, usaram meu nome”. Essa é a explicação do secretário chefe da Casa Militar de Mato Grosso, coronel Airton Siqueira Júnior, sobre o ataque que aconteceu no Acampamento Boa Esperança, em Novo Mundo, durante um conflito agrário entre posseiros e membros do Movimento Sem Terra.
Conforme o boletim de ocorrência nº 2016.59662, a todo momento os homens gritavam que agiam sob ordens do coronel Airton Siqueira. Os bandidos procuravam o líder do acampamento, identificado como Antônio Bento, o Tonhaca, que teve de se esconder no mato para não ser morto.
“De forma alguma eu mandei fazer uma coisa dessas. Todos naquela região me conhecem. Muitas vezes os acampados falam: o coronel Siqueira que autorizou a gente estar aqui. Meu nome foi utilizado. A partir do momento que você está muito presente, seu nome passa a ser usado”, explicou Siqueira.
O ato de violência extrema cometida pelos homens encapuzados está sendo investigado pela Polícia Civil. A Pastoral da Terra fez também outras denúncias de tortura, como num ataque em 2015, no qual jagunços da Gleba União obrigaram os acampados a comerem terra, conforme já informado anteriormente.
Questionado sobre a possibilidade de um possível novo conflito na região, Siqueira foi sincero em dizer que a situação é considerada crítica e pode haver novas ocorrências policiais.
“Estamos falando de um lugar onde a situação é de risco. Não há uma fórmula pronta e nem resultado previsto. O que podemos fazer é criar situações onde podemos mitigar novos acontecimentos graves, porém novos conflitos não estão descartados”, concluiu o coronel.
foto: Marcos Lopes/Hiper NotíciasBandidos usaram nome de coronel da PM para 'tocar o terror' em acampamento do MST.
Por: Hiper Notícias
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