2016/02/15

Prefeito é investigado por suposto desvio de R$ 1,5 milhão da previdência municipal


Uma denúncia de suposta dívida milionária da prefeitura de Terra Nova do Norte, virou alvo de
uma investigação proposta pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE/MT). O inquérito está sob responsabilidade do promotor Paulo José do Amaral. A dívida seria com o Fundo Municipal de Providência dos Servidores (Previter).

A denúncia foi ofertada ao órgão pelos vereadores do município. Nela consta que o executivo estaria se “apropriando” dos descontos da previdência, feitos na folha de pagamento dos servidores públicos. O valor é abatido normalmente todos os meses, mas não é depositado nas contas o Previter.

As investigações prévias dão conta de que o desvio teria provocado um prejuízo de aproximadamente R$ 520 mil nas contas públicas municipais referentes aos funcionários e mais R$ 1 milhão dos descontos patronal.

A situação ainda continua sendo sustentada, haja vista que a Associação dos Profissionais de Saúde do município protocolou um requerimento este mês, apontando o problema não teria sido solucionado. À associação o Previter informou que foram descontados 11% da folha de pagamento dos funcionários, mas o montante não havia sido repassado à entidade, gerando uma dívida de mais de R$ 1,5milhão.

Diante disso, o MPE solicitou à Câmara Municipal de Vereadores e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) dados sobre a aprovação de contas da prefeitura referente aos anos de 2013 e 2015. Além disso, o presidente do legislativo deverá informar se alguma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada para investigar essa situação.

Ao Previter o promotor determinou um prazo de 10 dias para remeter informações detalhadas da denúncia. Deverá conter dívida patronal e os valores não repassados dos funcionários, além da soma total da dívida. O inquérito deverá ser concluído em um ano.

O prefeito Milton Toniazzo-DEM confirmou a dívida com a previdência. Ele informou ainda que a parte dos servidores (sendo R$ 52 mil) faltam ser repassados R$ 200 mil que serão quitados esta semana. Disse ainda que o patronal de R$ 1 milhão será parcelado.

Justificou que não houve desvio de dinheiro e sim a falta de recolhimento por uma emergência surgida em 2013 e pela crise iniciada no país ano passado. Colocou ainda que o município passa por dificuldade financeira.

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