Por: MAX AGUIAR
Na reunião com mais de mil pessoas realizada na tarde de quarta-feira (21) com trabalhadores da Serra do Caldeirão, em Pontes e Lacerda, o prefeito Donizete Barbosa (PSDB), que esteve em Brasília conversando com ministros e secretários sobre o garimpo instalado há mais de mês na região, pediu cautela aos homens, principalmente quando a polícia chegar para fazer a desocupação do local.
“Não posso fazer mais nada. A decisão judicial é algo que existe para ser cumprida. Eu peço a vocês que trabalham na serra, que faça a retirada de seus materiais e obedeça as ordens policiais de maneira ordeira. Não queremos banho de sangue, muito menos confusão”, disse o prefeito.
O chefe do executado ainda defendeu uma construção de uma cooperativa garimpeira para que possa amparar os trabalhadores do local. “Eles vão fechar o garimpo, porém mesmo assim estamos tentando a abertura de uma cooperativa para que todos possam trabalhar e pagar os impostos de maneira certa. Se eles falam que é ilegal o nosso trabalho, vamos legalizar e mostrar que queremos trabalhar. Ninguém lá é ladrão”, completou o prefeito.
Após a reunião, o que chamou atenção foi a quantidade de pessoas que voltavam para a Serra. Atualmente poucos garimpeiros habitam a parte de cima da serra, porém o pasto da fazenda está tomada de covas feitas pelos trabalhadores que descartaram o uso das máquinas prevendo a apreensão dos materiais e estão apenas com ferramentas manuais na corrida pelo ouro.
Alguns conseguem achar, outros não.
O presidente da Câmara de Vereadores de Pontes e Lacerda, Pedro da Pecuária (PT) foi mais radical. Ele usou o microfone para falar que todos os trabalhadores devem permanecer no local. “A Polícia Militar foi lá? Não. Então, voltem para lá e continuem trabalhando até alguém chegar e obrigar vocês parar com os trabalhos”, afirmou o vereador, que inflamou a platéia, que imediatamente subiram em seus meios de transportes e voltaram para a Serra do Caldeirão.
Outro detalhe interessante é a quantidade de pessoas que ainda chegam para o garimpo. Em uma pesquisa rápida, pelo menos 500 pessoas chegaram só essa semana e já ocupam sua área na parte de baixo da Serra. “Eu vim do Maranhão. Cheguei tem dois dias. Quero tirar meu ouro, viajei três dias e quero pelo menos cobrir minha despeza. Vou escavar até me tirarem de lá”, disse o garimpeiro que foi até Pontes e Lacerda acompanhado da esposa.
Por enquanto nenhum trabalhador foi notificado para sair do local. Donizete, no fim, ressaltou que se quiserem continuar é necessário ser de forma ordeira. “Não vamos perder o compasso e nem a cabeça. Vamos trabalhar e se for necessário sair vamos sair”, finalizou.
André Romeu/HiperNotícias
Reunião aconteceu no pátio do Posto Rondon, que dá acesso a estrada do Matão, em Pontes e Lacerda
“Não posso fazer mais nada. A decisão judicial é algo que existe para ser cumprida. Eu peço a vocês que trabalham na serra, que faça a retirada de seus materiais e obedeça as ordens policiais de maneira ordeira. Não queremos banho de sangue, muito menos confusão”, disse o prefeito.
O chefe do executado ainda defendeu uma construção de uma cooperativa garimpeira para que possa amparar os trabalhadores do local. “Eles vão fechar o garimpo, porém mesmo assim estamos tentando a abertura de uma cooperativa para que todos possam trabalhar e pagar os impostos de maneira certa. Se eles falam que é ilegal o nosso trabalho, vamos legalizar e mostrar que queremos trabalhar. Ninguém lá é ladrão”, completou o prefeito.
Após a reunião, o que chamou atenção foi a quantidade de pessoas que voltavam para a Serra. Atualmente poucos garimpeiros habitam a parte de cima da serra, porém o pasto da fazenda está tomada de covas feitas pelos trabalhadores que descartaram o uso das máquinas prevendo a apreensão dos materiais e estão apenas com ferramentas manuais na corrida pelo ouro.
Alguns conseguem achar, outros não.
André Romeu/HiperNotícias
Donizete pediu saída de forma ordeira e garante que vai trabalhar junto com a Câmara para a abertura de uma cooperativa
O presidente da Câmara de Vereadores de Pontes e Lacerda, Pedro da Pecuária (PT) foi mais radical. Ele usou o microfone para falar que todos os trabalhadores devem permanecer no local. “A Polícia Militar foi lá? Não. Então, voltem para lá e continuem trabalhando até alguém chegar e obrigar vocês parar com os trabalhos”, afirmou o vereador, que inflamou a platéia, que imediatamente subiram em seus meios de transportes e voltaram para a Serra do Caldeirão.
Outro detalhe interessante é a quantidade de pessoas que ainda chegam para o garimpo. Em uma pesquisa rápida, pelo menos 500 pessoas chegaram só essa semana e já ocupam sua área na parte de baixo da Serra. “Eu vim do Maranhão. Cheguei tem dois dias. Quero tirar meu ouro, viajei três dias e quero pelo menos cobrir minha despeza. Vou escavar até me tirarem de lá”, disse o garimpeiro que foi até Pontes e Lacerda acompanhado da esposa.
HiperNotícias
A parte de cima da Serra do Caldeirão está vazia. Garimpeiros, sem motores elétricos trabalham no pasto da fazenda
Por enquanto nenhum trabalhador foi notificado para sair do local. Donizete, no fim, ressaltou que se quiserem continuar é necessário ser de forma ordeira. “Não vamos perder o compasso e nem a cabeça. Vamos trabalhar e se for necessário sair vamos sair”, finalizou.
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