2015 09:13
A Polícia Federal prendeu na manhã de ontem 11 pessoas durante as diligências da Operação “Mãe do Ouro”, que visa a desarticular uma suposta organização criminosa responsável pela exploração e comércio ilegal de outro no Norte de Mato Grosso. Entre os acusados estão servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat).
Além dos mandados de prisão preventiva, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, além de uma condução coercitiva. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Sinop, em desfavor de alguns dos principais garimpeiros da região, além dos
proprietários de postos de compra e venda de ouro.
Segundo a PF, o grupo preso seria responsável pelo “esquentamento” do mineral. Além de prender os suspeitos, a PF identificou o que seria o processo ilegal da extração.
Primeiro, em vários pontos do Norte de Mato Grosso, ocorreriam a extração ilegal, onde maquinário pesado era utilizado em área extensas, causando uma grave degradação ao meio ambiente. Em seguida, postos de compra de ouro fariam a aquisição do produto. Esses postos estão instalados em Nova Bandeirantes, Alta Floresta, Apiacás e Peixoto de Azevedo.
Nesses locais, seria fornecida toda a documentação necessária para dar credibilidade e legalidade à origem do ouro, permitindo que ele fosse inserido no Sistema Financeiro Nacional.
O envolvimento dos servidores da Sema e da Metamat no esquema criminoso se daria por meio do recebimento de vantagens indevidas para a liberação de licenças ambientais para a extração do mineral.
Os nomes dos presos não foram revelados. A Sema informou, por meio de nota, que a Polícia Federal esteve no órgão para cumprir o mandado de busca e apreensão “exclusivamente nos postos de trabalho de dois servidores da Coordenadoria de Mineração”.
Os processos buscados eram referentes a licenciamentos do ano de 2013. No entanto, nada foi levado pelos policiais. Sobre os servidores em questão, a Sema disse que um não apareceu para trabalhar e o outro foi até o órgão e foi orientado a se apresentar à polícia.
Na Metamat, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), a polícia também realizou buscas. A assessoria explicou que o servidor citado na operação foi exonerado em março deste ano, durante as mudanças administrativas do governo.
Os presos responderão por crimes ambientais, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.
A operação foi batizada de Mãe do Ouro para fazer referência à lenda do folclore brasileiro. “Mãe de Ouro” significa bola de fogo, que se transformava em mulher e indicava os locais onde jazidas de ouro eram encontradas e que não deveriam ser exploradas.
YURI RAMIRES/Diario de Cuiabá
A Polícia Federal prendeu na manhã de ontem 11 pessoas durante as diligências da Operação “Mãe do Ouro”, que visa a desarticular uma suposta organização criminosa responsável pela exploração e comércio ilegal de outro no Norte de Mato Grosso. Entre os acusados estão servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat).
Além dos mandados de prisão preventiva, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, além de uma condução coercitiva. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Sinop, em desfavor de alguns dos principais garimpeiros da região, além dos
proprietários de postos de compra e venda de ouro.
Segundo a PF, o grupo preso seria responsável pelo “esquentamento” do mineral. Além de prender os suspeitos, a PF identificou o que seria o processo ilegal da extração.
Primeiro, em vários pontos do Norte de Mato Grosso, ocorreriam a extração ilegal, onde maquinário pesado era utilizado em área extensas, causando uma grave degradação ao meio ambiente. Em seguida, postos de compra de ouro fariam a aquisição do produto. Esses postos estão instalados em Nova Bandeirantes, Alta Floresta, Apiacás e Peixoto de Azevedo.
Nesses locais, seria fornecida toda a documentação necessária para dar credibilidade e legalidade à origem do ouro, permitindo que ele fosse inserido no Sistema Financeiro Nacional.
O envolvimento dos servidores da Sema e da Metamat no esquema criminoso se daria por meio do recebimento de vantagens indevidas para a liberação de licenças ambientais para a extração do mineral.
Os nomes dos presos não foram revelados. A Sema informou, por meio de nota, que a Polícia Federal esteve no órgão para cumprir o mandado de busca e apreensão “exclusivamente nos postos de trabalho de dois servidores da Coordenadoria de Mineração”.
Os processos buscados eram referentes a licenciamentos do ano de 2013. No entanto, nada foi levado pelos policiais. Sobre os servidores em questão, a Sema disse que um não apareceu para trabalhar e o outro foi até o órgão e foi orientado a se apresentar à polícia.
Na Metamat, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), a polícia também realizou buscas. A assessoria explicou que o servidor citado na operação foi exonerado em março deste ano, durante as mudanças administrativas do governo.
Os presos responderão por crimes ambientais, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.
A operação foi batizada de Mãe do Ouro para fazer referência à lenda do folclore brasileiro. “Mãe de Ouro” significa bola de fogo, que se transformava em mulher e indicava os locais onde jazidas de ouro eram encontradas e que não deveriam ser exploradas.
YURI RAMIRES/Diario de Cuiabá
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