Ex-governador Silval Barbosa teve a prisão preventiva
decretada.
Pedro Nadaf e Marcel de Cursi eram titulares da Casa Civil e da Fazenda.Agentes da Defaz-MT foram ao prédio onde mora o ex-governador Silval Barbosa (Foto: Renê Dióz/G1)
Os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, que ocuparam os cargos de titulares das pastas da Casa Civil e da Fazenda durante o governo de Silval Barbosa (PMDB), foram presos na tarde desta terça-feira (15) em Cuiabá, durante a operação Sodoma, do Cira (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos). Também foi determinada a prisão de Silval Barbosa, porém, ele ainda não foi encontrado. Os mandados são de prisão preventiva e foram determinados pela Vara de Combate ao Crime Organizado de Cuiabá (7ª Vara Criminal).Após cerca de três horas, policiais civis deixaram o prédio onde vive o ex-governador em Cuiabá com documentos obtidos mediante mandado de busca e apreensão. Os advogados de Silval Barbosa - Valber Mello e Ulisses Rabaneda - também estiveram no local, mas disseram à imprensa que só se pronunciariam após terem acesso aos autos do processo. Já o advogado de Nadaf, Willian Khalil, disse que ainda não sabe o teor da investigação. A defesa de Cursi não foi localizada.
Barbosa, Nadaf e Cursi são suspeitos de corrupção e lavagem de dinheiro entre os anos de 2013 e 2014. A Justiça também determinou busca e apreensão e condução coercitiva de suspeitos. Os presos foram levados para a sede da Defaz, na capital. Os ex-secretários presos seriam levados ao Centro de Custódia de Cuiabá ainda na noite desta terça-feira. Eles deverão ficar em celas separadas, segundo a Polícia Civil.
Ex-governador Silval Barbosa é considerado
foragido pela polícia. (Foto: Josi Pettengill/Secom)
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) iforagido pela polícia. (Foto: Josi Pettengill/Secom)
nformou que a investigação dos supostos crimes começou há quatro meses. Fazem parte do Cira a Delegacia de Combate à Corrupção, o Ministério Público (MPE), a Sefaz e a Procuradoria Geral do Estado.
As investigações motivaram a expedição mandados judiciais de busca e apreensão nas casas de Marcel de Cursi, Pedro Nadaf e Silval Barbosa, bem como na sede da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), duas empresas e residências de parentes dos investigados, os quais também foram conduzidos à delegacia para prestar depoimentos mediante mandados de condução coercitiva.
Ainda segundo divulgou a Sesp, outros mandados judiciais foram pela imposição de medida cautelar restritiva de monitoramento eletrônico (por meio do uso de tornozeleira eletrônica) ao ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cezar Correa Araújo, e a uma segunda pessoa. Silvio foi preso recentemente na operação Arqueiro, cuja principal investigada é a ex-primeira-dama Roseli Barbosa, esposa de Silval Barbosa. Após a prisão na operação Arqueiro a Justiça já havia determinado uso de tornozeleira eletrônica para o ex-chefe de gabinete.
Polícia cumpre mandado na residência de
Silval Barbosa (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
O ex-governador Silval Barbosa iria depor na tarde desta terça-feira (15) na CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, mas não compareceu para prestar esclarecimentos aos deputados.Silval Barbosa (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A comissão foi aberta em março deste ano para investigar supostas irregularidades na concessão de incentivos fiscais no estado. Em julho, Nadaf também chegou a ser ouvido pelos parlamentares que compõem a CPI.
Em outubro do ano passado, a Justiça determinou o bloqueio de bens de Barbosa, Cursi e Nadaf, por suspeita de terem beneficiado uma empresa em mais de R$ 73,5 milhões por meio de concessão de benefícios fiscais ilegais.
Operações Ararath e Arqueiro
Em 2014, a residência de Silval Barbosa foi alvo de busca e apreensão durante a operação Ararath, da Polícia Federal. Na ocasião, ele acabou preso por porte ilegal de arma, mas pagou fiança e foi liberado. E, em agosto deste ano, a mulher dele, Roseli Barbosa, foi presa por suspeita de desvio de R$ 8 milhões na Secretaria de Assistência Social (Setas).
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