A determinação deverá ser cumprida pela Polícia Federal, que ficará a cargo ainda de garantir a segurança da criança e dos médicos do Hospital Regional de Colíder, a fim de impedir que os indígenas tentem retirar o menino à força da unidade durante o tratamento médico.
A criança corre risco de morte, com acúmulo de pus e um quadro inflamatório que afeta os ossos. Há também sinal tomográfico de infecção em regiões próximas ao cérebro. A cirurgia chegou a ser pedida pelo médico que cuida da criança indígena, mas foi negada pelos pais.
Na semana passada, por causa da gravidade do caso, o Ministério Público do Estado (MPE) entrou com pedido de medida protetiva em favor do menino. Na terça-feira (28), o juiz determinou a internação do garoto, apesar de admitir que há confronto de princípios em relação às doutrinas da etnia à qual o menino pertence. Porém, diz que o direito à saúde e à vida estão acima ao direito da crença dos pais do garoto, por isso, a vontade deles deve ser substituída pela determinação judicial.
“Nenhum direito pessoal à liberdade de crença é maior do que a garantia constitucional do direito à saúde corolário do direito à vida, sendo este direito de todos e dever do Estado”, diz trecho da decisão divulgado pela assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
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