A professora Adelair Santos Amaral, de 45
anos, ferida nas costas com um golpe de canivete por um aluno de 14 anos em sala de aula, declarou nesta quarta-feira (9) estar revoltada e assustada com o fato. “Sofri uma agressão dessa por nada, a troco de nada. Não consigo entender até agora porque isso ocorreu. Estou triste, chateada e não paro de pensar naquele dia”, declarou.
O crime ocorreu na quinta-feira (11), no município de Nova Bandeirantes, a 980 km de Cuiabá. A professora foi socorrida na Escola Municipal Ernesto Neiverth, que possui 570 estudantes, e encaminhada para um hospital da cidade de Alta Floresta, a 800 km da capital. Ela recebeu alta no dia seguinte.
De acordo com a professora, não foi necessário realizar cirurgia, mas a perfuração quase atingiu o pulmão. Agora, Adelair ficará afastada das atividades escolares por 30 dias para a recuperação.
Ela conta que foi atacada pelo aluno logo depois do intervalo. Os estudantes retornavam para a sala de aula e, no momento em que foi fechar a porta, levou o golpe. “Foi muito rápido. Senti que tinha sido atingida e me virei para os alunos. Ele [adolescente] ainda tentou me dar um chute depois da facada”, relatou.
A professora disse que pediu para o aluno parar de agredi-la e perguntou o motivo que o levava fazer aquilo. “Ele começou a dizer: você não mexeu comigo? Não tomou minha caneta? Então, foi por isso”. Adelair conta que nesse momento se recordou de uma situação que havia ocorrido no último ano, quando também deu aula para o adolescente e acabou pegando uma caneta de suas mãos porque ele estava jogando papéis em outros alunos.
“O aluno estava bagunçando e incomodando os colegas . Ele colocava pedaço de papel na caneta e assoprava contra os estudantes. Chamei a atenção, porque estava atrapalhando a aula e joguei a caneta no lixo. O menino disse que estava com raiva de mim desde o ano passado e por isso tinha me atingido com o canivete”, explicou.
Ela ressalta que não teve problemas com o adolescente neste ano e que mesmo com notas baixas e pouco participativo nas aulas ela não chamava a atenção dele.
A educadora também observa que o aluno não era agressivo e que não demonstrou arrependimento pelo que fez. “Ele parecia tão irritado, tão frio. Guardou essa situação que ocorreu ano passado para me atacar. Em nenhum momento parecia arrependido ou assustado com o que fez”, desabou. Mesmo abalada e aterrorizada, ela pretende voltar a dar aula. Ela tem 25 anos de profissão e essa foi a primeira vez que foi alvo de agressão.
A motivação, segundo ela, é o amor pela profissão e a certeza de que tudo ainda pode ser diferente. “Sei que pela maioria, vale a pena voltar. Não vou abandonar os meus alunos e retornarei de cabeça erguida. Eu gosto do que faço, é o que sempre quis, e vou mostrar para os estudantes que ficaram que o caminho não é esse. Que nós merecemos respeito”, pontuou.
O adolescente de 14 anos foi apreendido pela Polícia Militar, ainda dentro da sala de aula, por ato infracional de lesão corporal. Ele foi levado para a delegacia e liberado na terça-feira (16) por falta de vaga em unidades socioeducativas de Mato Grosso, conforme a Polícia Civil.
Entenda o caso
O estudante não possui histórico de agressão na unidade e mora com os avós no município. O ato foi praticado dentro de uma sala da 7ª série logo após o intervalo. O adolescente utilizou um canivete para atingir a professora. Depois de ser atacada, ela chamou um dos coordenadores que passava pelo corredor e, ao se virar, os alunos viram o sangue escorrendo nas costas e começaram a gritar.
Para tentar se livrar do crime, o estudante jogou o canivete pela janela, entretanto, os alunos da classe viram e contaram à polícia. A diretora da escola, Denise de Jesus, relatou ao G1 que os estudantes ficaram assustados com o fato e as aulas foram suspensas nesta semana e devem ser retomadas na próxima segunda-feira (22).
anos, ferida nas costas com um golpe de canivete por um aluno de 14 anos em sala de aula, declarou nesta quarta-feira (9) estar revoltada e assustada com o fato. “Sofri uma agressão dessa por nada, a troco de nada. Não consigo entender até agora porque isso ocorreu. Estou triste, chateada e não paro de pensar naquele dia”, declarou.
O crime ocorreu na quinta-feira (11), no município de Nova Bandeirantes, a 980 km de Cuiabá. A professora foi socorrida na Escola Municipal Ernesto Neiverth, que possui 570 estudantes, e encaminhada para um hospital da cidade de Alta Floresta, a 800 km da capital. Ela recebeu alta no dia seguinte.
De acordo com a professora, não foi necessário realizar cirurgia, mas a perfuração quase atingiu o pulmão. Agora, Adelair ficará afastada das atividades escolares por 30 dias para a recuperação.
Ela conta que foi atacada pelo aluno logo depois do intervalo. Os estudantes retornavam para a sala de aula e, no momento em que foi fechar a porta, levou o golpe. “Foi muito rápido. Senti que tinha sido atingida e me virei para os alunos. Ele [adolescente] ainda tentou me dar um chute depois da facada”, relatou.
A professora disse que pediu para o aluno parar de agredi-la e perguntou o motivo que o levava fazer aquilo. “Ele começou a dizer: você não mexeu comigo? Não tomou minha caneta? Então, foi por isso”. Adelair conta que nesse momento se recordou de uma situação que havia ocorrido no último ano, quando também deu aula para o adolescente e acabou pegando uma caneta de suas mãos porque ele estava jogando papéis em outros alunos.
“O aluno estava bagunçando e incomodando os colegas . Ele colocava pedaço de papel na caneta e assoprava contra os estudantes. Chamei a atenção, porque estava atrapalhando a aula e joguei a caneta no lixo. O menino disse que estava com raiva de mim desde o ano passado e por isso tinha me atingido com o canivete”, explicou.
Ela ressalta que não teve problemas com o adolescente neste ano e que mesmo com notas baixas e pouco participativo nas aulas ela não chamava a atenção dele.
A educadora também observa que o aluno não era agressivo e que não demonstrou arrependimento pelo que fez. “Ele parecia tão irritado, tão frio. Guardou essa situação que ocorreu ano passado para me atacar. Em nenhum momento parecia arrependido ou assustado com o que fez”, desabou. Mesmo abalada e aterrorizada, ela pretende voltar a dar aula. Ela tem 25 anos de profissão e essa foi a primeira vez que foi alvo de agressão.
A motivação, segundo ela, é o amor pela profissão e a certeza de que tudo ainda pode ser diferente. “Sei que pela maioria, vale a pena voltar. Não vou abandonar os meus alunos e retornarei de cabeça erguida. Eu gosto do que faço, é o que sempre quis, e vou mostrar para os estudantes que ficaram que o caminho não é esse. Que nós merecemos respeito”, pontuou.
O adolescente de 14 anos foi apreendido pela Polícia Militar, ainda dentro da sala de aula, por ato infracional de lesão corporal. Ele foi levado para a delegacia e liberado na terça-feira (16) por falta de vaga em unidades socioeducativas de Mato Grosso, conforme a Polícia Civil.
Entenda o caso
O estudante não possui histórico de agressão na unidade e mora com os avós no município. O ato foi praticado dentro de uma sala da 7ª série logo após o intervalo. O adolescente utilizou um canivete para atingir a professora. Depois de ser atacada, ela chamou um dos coordenadores que passava pelo corredor e, ao se virar, os alunos viram o sangue escorrendo nas costas e começaram a gritar.
Para tentar se livrar do crime, o estudante jogou o canivete pela janela, entretanto, os alunos da classe viram e contaram à polícia. A diretora da escola, Denise de Jesus, relatou ao G1 que os estudantes ficaram assustados com o fato e as aulas foram suspensas nesta semana e devem ser retomadas na próxima segunda-feira (22).
Fonte: G1MT
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