2015/06/12

Polícia prende irmão de suspeito de matar namorada em cidade de MT

Prisão temporária foi cumprida nesta quinta-feira em São José do Rio Claro.
Isabella tinha 22 anos e foi morta a tiros dentro do carro do namorado.Irmão de namorado da vítima foi preso como suspeito de envolvimento no crime. (Foto: Polícia Civil / Del. de São José do Rio Claro)Fernando, 21 anos, foi preso nesta quinta-feira.

(Foto: Polícia Civil/Del. de S. J. do Rio Claro)
A Polícia Civil cumpriu na última quinta-feira (11) a prisão temporária de Fernando Souza Santos, 21 anos, irmão de Roni Santos, 23 anos, principal suspeito de ter assassinado a tiros a namorada Isabella Cazado, estudante de Direito de 22 anos, no dia 31 de maio em São José do Rio Claro, município a 325 km de Cuiabá. A pedido da Polícia, a prisão de Fernando foi decretada pela Justiça após indícios de participação no crime. Assim como o irmão mais velho, ele também desapareceu da cidade após o crime, voltando apenas na última quinta-feira, quando a prisão foi cumprida. Roni ainda encontra-se foragido. Ambos os irmãos têm sido defendidos pela advogada Fernanda May. Contatada pela reportagem, ela preferiu se manifestar a respeito do caso em outro momento.
Isabella Cazado foi atingida por dois tiros na noite de 31 de maio em São José do Rio Claro. Segundo a Polícia Civil, ela estava dentro de um carro com o namorado. Eles tinham acabado de sair de uma lanchonete. A estudante foi atingida na cabeça e no peito durante uma discussão dentro do veículo. Após os disparos, Roni voltou para casa com o carro, determinou que o irmão mais novo, de 16 anos, levasse Izabella para um hospital e fugiu com uma motocicleta.
Entretanto, segundo o delegado municipal de São José do Rio Claro, Nilson Farias, a história do crime mudou após a identificação de duas testemunhas que relataram o que viram na noite da morte de Isabella.
são josé do rio claro, mt
As testemunhas são da cidade de São José do Rio Claro e relataram que naquela noite acompanharam o carro em movimento com Roni, Isabella e uma terceira pessoa a bordo, Fernando, que inclusive chegou a olhar para as testemunhas, segundo elas. O veículo trafegava em velocidade reduzida, com os vidros abaixados, e os barulhos de dentro do carro sugeriam que ocorria uma discussão entre os ocupantes.

Segundo o relato, o veículo passou por um quebra-molas, acelerou e logo freiou, momento em que as testemunhas contaram ter ouvido os estampidos de três disparos de arma de fogo. Em seguida, o veículo voltou a trafegar vagarosamente.
De acordo com o delegado, as testemunhas disseram ter acreditado que os disparos haviam sido feitos para “assustar” a vítima, e não para feri-la, uma vez que os irmãos seriam conhecidos na cidade pelo temperamento irritadiço.
Ainda segundo o delegado Farias, os relatos das testemunhas preenchem lacunas da história, como o motivo do sumiço de Fernando logo após o crime, uma vez que ele não seria o principal suspeito do crime, e sim Roni, que permanece foragido. A namorada de Fernando inclusive informou à Polícia que esteve com ele até cerca de uma hora antes do momento do crime no dia 31 de maio. Depois disso, os dois não fizeram mais contato. A garota só soube do crime contra Isabella no dia seguinte.
Roni e Isabella, Mato Grosso. (Foto: Divulgação/Polícia Civil-MT)Namorado e principal suspeito, Roni continua
foragido. (Foto: Divulgação/Polícia Civil-MT)
Com base no sumiço de Fernando, o delegado disse que concluiu que ele e Roni fugiram juntos da cidade de motocicleta na noite do crime, deixando o carro onde o crime foi cometido para o irmão mais novo, menor de idade, levar a vítima ao hospital.
“Eu achei esquisito: por que desaparecer se ele não teria nada a ver com a história?”, comentou o delegado.
Ele explicou que, com base nos indícios de participação de Fernando, pediu sua prisão temporária (de cinco dias), que foi concedida prontamente pela Justiça. Ele esperou Fernando voltar à cidade para cumprir o mandado na última quinta-feira. O jovem foi se apresentar à Polícia Civil para depor na condição de testemunha e, ao fim do depoimento, recebeu voz de prisão. Ele ainda não foi interrogado como suspeito.
Enquanto isso, continua o cerco policial na região de São José do Rio Claro na tentativa de capturar Roni Santos, mas a Polícia Civil insiste que a defesa do suspeito providencie que ele se apresente, sem necessidade de uso de força. A Justiça decretou no dia 2 de junho a prisão temporária de Roni.
Responsável pela defesa de Fernando e Roni, a advogada Fernanda May foi procurada pela reportagem do G1 e afirmou que preferiria se manifestar a respeito do caso mais tarde
.Renê Dióz Do G1 MT

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