2015/06/29

Pistoleiros ameaçam cometer massacre em assentamento no nortão

Os pequenos agricultores do município de Novo Mundo
estão sendo ameaçados e coagidos em suas propriedades por pistoleiros que rondam uma comunidade na cidade. O caso está sendo investigados por delegados e investigadores da capital Cuiabá.

De acordo com as denúncias feitas até o momento, mais de 300 disparos de armas de fogo foram feitos na comunidade. Além disso, duas pontes foram queimadas, dois moradores assassinados e três pessoas ficaram feridos. As ameaças de morte são frequentes e deixam os moradores perplexos e intimidados.


Os jagunços e pistoleiros estariam armados com metralhadoras e fuzis e, fazendo rondas na propriedade, em carros abertos, como forma de mostrar o poderio aos moradores.


O presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Novo Mundo, E.F.N., 53 anos, registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmando ter sido ameaçado pelo suposto grupo de extermínio. Confirmou ainda que os “pistoleiros” são patrocinados por fazendeiros da região.


“Estamos acuados, com muito medo, principalmente porque eles ameaçam matar

muita gente caso continuemos na terra que eles acham que é deles, mas não.

São terras da União destinadas a assentamentos. Nós assentamos, mas eles

querem nos tirar à força, na base da bala”, comentou ele.


Um massacre estaria marcado contra idosos e crianças do assentamento. “Se eles matarem um, terão que matar todos nós, como aliás eles estão prometendo fazer uma massacre, não deixando ninguém vivo”, disse.


Os supostos fazendeiros que estariam por traz da situação teriam alegado que a terá onde está o assentamento seriam deles, mas o presidente não deixa dúvidas de que ela pertencia a União.


A intenção deles seria retirar todas as 800 famílias assentadas no local. E.F.N. “Eles fazem pior. Se juntam cinco ou seis homens armados em cima de uma

camionete e mais quatro dentro, todos com fuzis e metralhadores; à noite,

eles dão mais de 300 tiros, tudo para nos intimidar. Mas nós vamos lutar

por nossos direitos, mesmo que isso nos custe ainda mais vidas”, declara o presidente.


Informou ainda que as mortes ocorridas no assentamento foram do sargento Campeão e o tenente Camargo. “Eles já mataram o sargento Campeão e o tenente Camargo - os dois eram da reserva da Polícia Militar - e ainda feriram outras três pessoas, também da comunidade”, disse o presidente.


Os helicópteros usados seriam de traficantes conhecidos da região. Esses inclusive já foram conhecidos pela polícia.


O caso foi repassado ao conhecimento da Justiça de Mato Grosso e à de Brasília.


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