2015/05/13

Advogado é preso acusado de oferecer propina a policiais

Ele foi preso em flagrante no Plantão Metropolitano de Cuiabá, ao oferecer R$ 2,5 mil a PMs

Bruno Cidade/MidiaNews

Advogado ofereceu R$ 2,5 mil para que policiais liberassem seus clientes
ADILSON ROSA
DA REDAÇÃO
O advogado A.C.C. F., de 39 anos, foi preso na noite de terça-feira (12), sob acusação de corrupção ativa.

Ele é acusado de oferecer R$ 2,5 mil em dinheiro a policiais militares para que liberassem dois clientes dele.

W.V.L., de 21 anos, foi preso como um bloqueador de rastreador de veículos, e W.C.S., de 25 anos, por porte ilegal de arma.

A prisão da dupla ocorreu por volta das 21 horas, em uma rua do bairro Santa Helena, em Cuiabá.

Segundo a PM, a prisão do advogado foi comunicada à Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT).

O crime é inafiançável e A.F. deverá ser transferido para o anexo do Centro de Detenção Provisória da Capital, onde ficam os presos com curso superior.
"Ele (o advogado) se aproximou e me entregou o dinheiro, na presença de meu colega (um soldado PM). Nesse momento, o advogado foi preso por corrupção ativa, pois estava oferecendo vantagem indevida"

Conforme os PMs, após a detenção da dupla, eles foram até a casa dos suspeitos, no bairro Jardim Florianópolis, e lá apreenderam produtos furtados, caracterizando o crime de receptação.

Durante o trajeto até o Plantão Metropolitano da Capital, o celular de um dos suspeitos tocou e um dos PMs atendeu. Ele explicou que, do outro lado, a pessoa se identificou como advogado da dupla.

“Eu me identifiquei como policial e o advogado queria saber como negociar a liberação de seus clientes. Ele (o advogado) disse que estava com R$ 2,5 mil em mãos para fazer o negócio. Diante da situação, eu informei que estava me deslocando até o Cisc (Plantão), e o advogado pediu para que o aguardasse lá”, relatou um dos policiais, através do boletim de ocorrência número 133.674.

O PM acrescentou que o advogado ligou várias vezes no celular, pedindo para que fossem liberados os materiais e a arma apreendidos.

Conforme a ocorrência, assim que os policiais chegaram ao setor onde se registra o flagrante da PM, o advogado entrou em contato com o policial.

“Ele (o advogado) se aproximou e me entregou o dinheiro, na presença de meu colega (um soldado PM). Nesse momento, o advogado foi preso por corrupção ativa, pois estava oferecendo vantagem indevida”, disse o policial.

O delegado plantonista ouviu os presos para verificar se sabiam quem havia contratado o advogado, mas eles disseram não saber de nada.

Considerando a apreensão de um bloqueador de rastreador de veículos, a Polícia não descarta a possibilidade de os dois elementos presos integrarem uma quadrilha especializada em roubo de carretas.

“O equipamento custa R$ 4 mil no Paraguai. Quem usa um bloqueador? Só quem vai praticar crime mesmo. Esse aparelho é usado para bloquear rastreador de carretas roubadas. Uma vez sem o bloqueador, a quadrilha pode fazer o que quiser com a carreta, caminhão, ou mesmo uma picape roubada”, explicou um policial.

Outro lado


O MidiaNews tentou contato com o advogado Luiz da Penha, que é presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso (OAB-MT), mas ele não atendeu às ligações feitas ao seu celular.         

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