2015/03/02

Após trégua, caminhoneiros voltam a trancar trechos de rodovia em MT

Pelo 12º dia, manifestantes protestam na BR-163 nesta segunda-feira.
Manifestação já trouxe consequências à agricultura e à produção de carne

Em Lucas do Rio Verde, caminhoneiros mantêm bloqueio pelo 12º dia (Foto: Raul Peterson Schwarz/ Arquivo pessoal)Em Lucas do Rio Verde, bloqueio segue desde o
dia 18 (Foto: Raul  Schwarz/ Arquivo pessoal)
Três trechos da BR-163, em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, na região Norte de Mato Grosso, encontram-se bloqueados na manhã desta segunda-feira (2), após trégua durante a noite. O protesto em Mato Grosso chega ao 12º dia nas rodovias federais do estado e tem afetado vários setores da economia, principalmente a agricultura e a produção de carne. No início da manhã apenas os trechos em Lucas do Rio Verde e Sinop tinham sido interditados, mas horas depois os manifestantes trancaram esse trecho.
Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a concessionária Rota do Oeste, responsável pela administração da rodovia, os manifestantes impedem o tráfego de veículos pesados, no km 686, em Lucas do Rio Verde, no 839 km, em Sinop, e no km 745, em Sorriso. No entanto, está sendo permitida a passagem de veículos de passeio e ônibus.

Um dos manifestantes, Altair Bonin, disse que a previsão era de liberação à noite. "Como a greve é da nossa categoria, outros veículos coletivos não temos intenção", disse. Ele contou que dois representantes do movimento em Lucas do Rio Verde vão participar de uma reunião no Ministério dos Transportes para discutir a pauta de reivindicações da categoria. As manifestações dependem do resultado dessa reunião, segundo ele.
Entre as principais reclamações dos caminhoneiros é o aumento do preço do diesel. "Quando o diesel estava R$ 2,60, a situação já era complicada, não conseguíamos nem dar manutenção nos veículos. Nem começamos a sentir as consequências do óleo diesel a R$ 3,20. A outra reivindicaçao é que diante da demanda de caminhões pagam o preço que querem pelo frete", explicou Bonin.
A região Norte do estado tem sido a mais afetada com esse protesto, já que as interdições nesses trechos da BR-163 impedem a chegada de combustíveis e de outros alimentos nessa localidade. Também foi nesse trecho da BR, em Lucas do Rio Verde, que começou a manifestação no estado. Depois, o movimento cresceu e se expandiu também para as BRs 364 e 070, em Cuiabá e Diamantino e em Primavera do Leste.
Diante dos reflexos negativos dos protestos, o governo de Mato Grosso fez um  um acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) para a alteração da tabela de fretes, a pedido dos caminhoneiros. Após essa reunião, também foi anunciada a criação de um gabinete de crise para acompanhar, intermediar as negociações e fazer um levantamento dos impactos provocados pelos bloqueios.

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