Segundo o que consta em um boletim de ocorrência registrado pelo Conselho Tutelar
de Sorriso, na delegacia judiciária civil, a moradora do bairro São Francisco, E. F. S., 33 anos, foi até a sede do Conselho Tutelar e entregou a sua filha T. F. S., 14 anos, dizendo que não queria mais criá-la, pois a mesma só quer ficar na rua e aparentemente esta gravida. A mãe diz que ela esta saindo com más companhias e que não quer estudar, nem trabalhar. A mãe relatou não aguentar mais a situação e afirma não quer mais ser a mãe(responsável) da menor.
O Conselho Tutelar aceitou receber a criança e levou até a casa abrigo (espécie de orfanato), onde fica abrigados as crianças desamparadas ou recolhidas pelo Conselho, porém os conselheiros foram barrados no portão de entrada, não sendo permitido entregar a criança a casa de abrigo: “A gente foi barrado lá no portão, não deixaram a gente colocar a adolescente lá. Nos alegaram que teria que ter uma ordem judicial. Mas uma ordem judicial não tem como sair ás 18h00, que é uma hora que esta tudo fechando. Simplesmente ligamos para a coordenadora da casa abrigo e pra assistência social e nos relataram que por ordem superior da senhora Kátia Rossato(Secretaria da Assistência Social), não era pra abrir o portão e nem pra elas(funcionárias casa de abrigo) estarem indo lá pra receber a gente, e nem conversar com a gente. Ficamos mais de 40 minutos lá no portão com a adolescente chorando, pois ela foi rejeitada pela mãe. A menina estava chorando lá na porta, com a bolsa "no portão" e nós sem nenhum atendimento.” Disse uma Conselheira ao MTnoticias.net.
As conselheiras tiveram que a acionar a promotoria pública, que orientou as conselheiras a novamente registrar um boletim de ocorrência relatando o que ocorreu na casa abrigo. Posteriormente após o registro do BO e a intervenção da Promotoria, com uma assessora do fórum as conselheiras conseguiram uma ordem judicial e colocar a adolescente na casa abrigo: “ Ás 22h40 a gente conseguiu colocar ela no abrigo, mas só porque o promotor nos auxiliou. Nós fomos até o fórum onde fizeram um documento pra colocar a menina lá, sendo que nem precisava deste documento para fazer a obrigamento, ou deixar a adolescente lá por alguns dias.” Desabafou a Conselheira.
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