2015/01/13

Sorriso: Mãe entrega criança a Conselho Tutelar e diz não querer mais; casa abrigo recusa receber sem ordem judicial


Segundo o que consta em um  boletim de ocorrência registrado  pelo Conselho Tutelar
de Sorriso, na delegacia judiciária civil,  a moradora  do bairro São Francisco,  E.  F.  S., 33 anos,  foi até a sede do Conselho  Tutelar  e  entregou  a sua  filha T. F. S., 14 anos, dizendo que  não queria mais  criá-la, pois a mesma só quer  ficar  na rua  e   aparentemente  esta gravida. A mãe diz que ela esta  saindo com más  companhias e que não  quer  estudar, nem trabalhar. A  mãe  relatou   não aguentar mais a situação e afirma não quer mais ser  a mãe(responsável)  da menor.

 O Conselho Tutelar   aceitou  receber  a criança e   levou até a  casa  abrigo (espécie de  orfanato), onde  fica abrigados as  crianças desamparadas ou recolhidas pelo  Conselho, porém  os conselheiros  foram barrados no portão de entrada, não sendo permitido entregar  a criança a casa de abrigo: “A  gente  foi barrado lá no portão, não deixaram a gente colocar   a adolescente lá. Nos alegaram que teria que ter  uma ordem judicial. Mas uma ordem judicial não tem como sair ás  18h00, que é uma hora  que esta tudo fechando. Simplesmente  ligamos para  a coordenadora  da  casa  abrigo e pra  assistência  social e nos  relataram que por ordem superior da  senhora  Kátia  Rossato(Secretaria da Assistência Social), não era pra  abrir  o portão e nem pra  elas(funcionárias casa de abrigo)  estarem indo lá  pra receber a gente, e nem  conversar com a  gente. Ficamos mais de  40 minutos lá  no portão com a  adolescente chorando, pois ela foi rejeitada pela mãe. A menina estava  chorando lá na porta, com a bolsa "no portão" e nós sem nenhum atendimento.”  Disse  uma Conselheira  ao MTnoticias.net.

As  conselheiras   tiveram que a acionar  a promotoria pública, que orientou  as  conselheiras  a novamente registrar um boletim de  ocorrência  relatando o que  ocorreu na casa abrigo. Posteriormente após o registro do BO e  a intervenção da Promotoria,  com uma  assessora  do  fórum  as conselheiras conseguiram uma  ordem judicial  e colocar a adolescente  na  casa abrigo: “ Ás   22h40 a gente conseguiu colocar ela no abrigo, mas só porque  o  promotor nos  auxiliou. Nós  fomos até o fórum onde  fizeram um documento pra  colocar  a  menina lá, sendo que  nem precisava  deste  documento para fazer a obrigamento, ou deixar a adolescente lá  por  alguns dias.”  Desabafou  a Conselheira.  



Fonte: MTnoticias.net/ Foto das concelheiras em frente a casa abrigo 

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