2014/11/03

Mulher liga para a polícia e finge pedir uma pizza para denunciar violência doméstica

A vítima estava ao lado de seu agressor e precisava pedir ajuda sem chamar a atenção dele

O que parecia ser um trote era na verdade uma solução engenhosa de uma vítima de violência doméstica para pedir ajuda. Uma mulher ligou para o 911, serviço de emergência nos Estados Unidos, e pediu uma pizza. O atendente estranhou mas na verdade ela estava ao lado de seu agressor e precisava avisar a polícia de maneira discreta.
Felizmente o policial entendeu seu pedido de socorro, verificou que no endereço já havia
várias ocorrências de agressão e enviou uma viatura ao local. Confira o diálogo:
“- 911, qual é a emergência?
- Rua Maine, 123
- Ok, o que está acontecendo aí?
- Eu gostaria de pedir uma pizza
- A senhora ligou para o serviço de emergência
- Sim, eu sei. Quero uma pizza grande, meia pepperoni, meia cogumelo com pimentão
- Mmmm, desculpe, você sabe que ligou para o 911, certo?
- Sim, você sabe quanto tempo vai demorar?
- Ok, está tudo bem aí? A senhora está em uma emergência?
- Sim, estou
- E não pode falar porque tem alguém ao seu lado?
- Correto. Você sabe quanto tempo vai demorar?
- Tenho um policial há cerca de dois quilômetros da sua casa. Há alguma arma na casa?
- Não, até logo, obrigada”
O policial prendeu o namorado da vítima depois de confirmar que ele estava batendo nela há algum tempo.
Veja como denunciar a violência doméstica
No Brasil há um número específico para receber esse tipo de denúncia,180, a Central de Atendimento à Mulher. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano e a ligação é gratuita. Há atendentes capacitados em questões de gênero, políticas públicas para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.
O Conselho Nacional de Justiça do Brasil recomenda ainda que as mulheres que sofram algum tipo de violência procurem uma delegacia, de preferência as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher. Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.
A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e nos centros de referência de atendimento a mulheres.
Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.

Featured post