Na
próxima quinta-feira (20) acontece o Dia da Consciência Negra. Mais do
que um feriado, a data existe para lembrar da resistência dos negros à
escravidão de forma geral, e também para relembrar que o Brasil, apesar
de todo o avanço, ainda é um país racista.
As estatísticas provam isso: 71,4% das vítimas de homicídio no Brasil são negras, segundo o Mapa da Violência de 2013. No ano de 2012, o IBGE publicou uma pesquisa indicando que 65,7% dos jovens brancos que tem entre 18 e 24 anos estão na escola. Esta porcentagem é de 35,8% para jovens negros da mesma idade.
Atualmente, o Dia da Consciência Negra é ponto facultativo e cada município decide se será feriado ou não. No entanto, um Projeto de Lei do Deputado Renato Simões (PT-SP) está tramitando na Câmara dos Deputados, e pretende transformar o dia em feriado nacional. São feriados nacionais os dias 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro.
O principal motivo de a data ser comemorada no dia 20 de novembro é a morte de “Zumbi dos Palmares”, em 1695.
Zumbi
Quilombos eram comunidades formadas no meio da floresta por negros que eram escravizados e fugiam dos engenhos. Um dos quilombos mais famosos era o de Palmares, localizado na Capitania de Pernambuco, atual União dos Palmares em Alagoas. O Quilombo tinha uma área próxima à de Portugal e sua população chegou a alcançar 30 mil pessoas.
Zumbi nasceu livre em 1652, mas foi capturado e entregue a um missionário português. Desta forma, ele cresceu e ajudava na celebração das missas. Em 1968 o governador da Capitania de Pernambuco ofereceu liberdade aos escravos se o Quilombo ficasse sob as ordens da monarquia portuguesa. O líder na época, Ganga Zumba, aceitou a proposta, mas Zumbi a recusou e resistiu, tornando-se o novo líder do Quilombo de Palmares.
Em 1694, a capital de Palmares foi destruída e Zumbi foi ferido. Ele sobreviveu, mas foi morto com vinte guerreiros quase dois anos após a batalha. Zumbi foi decapitado, e sua cabeça foi salgada e exposta em Praça Pública, para desmentir a lenda de que ele era imortal. Na época, o Governador escreveu ao rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares.”.
Ele se tornou um símbolo do movimento e da resistência negra, e até hoje é lembrado e aclamado em músicas, manifestações de arte e, também, no Dia da Consciência Negra.
As estatísticas provam isso: 71,4% das vítimas de homicídio no Brasil são negras, segundo o Mapa da Violência de 2013. No ano de 2012, o IBGE publicou uma pesquisa indicando que 65,7% dos jovens brancos que tem entre 18 e 24 anos estão na escola. Esta porcentagem é de 35,8% para jovens negros da mesma idade.
Atualmente, o Dia da Consciência Negra é ponto facultativo e cada município decide se será feriado ou não. No entanto, um Projeto de Lei do Deputado Renato Simões (PT-SP) está tramitando na Câmara dos Deputados, e pretende transformar o dia em feriado nacional. São feriados nacionais os dias 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro.
O principal motivo de a data ser comemorada no dia 20 de novembro é a morte de “Zumbi dos Palmares”, em 1695.
Zumbi
Quilombos eram comunidades formadas no meio da floresta por negros que eram escravizados e fugiam dos engenhos. Um dos quilombos mais famosos era o de Palmares, localizado na Capitania de Pernambuco, atual União dos Palmares em Alagoas. O Quilombo tinha uma área próxima à de Portugal e sua população chegou a alcançar 30 mil pessoas.
Zumbi nasceu livre em 1652, mas foi capturado e entregue a um missionário português. Desta forma, ele cresceu e ajudava na celebração das missas. Em 1968 o governador da Capitania de Pernambuco ofereceu liberdade aos escravos se o Quilombo ficasse sob as ordens da monarquia portuguesa. O líder na época, Ganga Zumba, aceitou a proposta, mas Zumbi a recusou e resistiu, tornando-se o novo líder do Quilombo de Palmares.
Em 1694, a capital de Palmares foi destruída e Zumbi foi ferido. Ele sobreviveu, mas foi morto com vinte guerreiros quase dois anos após a batalha. Zumbi foi decapitado, e sua cabeça foi salgada e exposta em Praça Pública, para desmentir a lenda de que ele era imortal. Na época, o Governador escreveu ao rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares.”.
Ele se tornou um símbolo do movimento e da resistência negra, e até hoje é lembrado e aclamado em músicas, manifestações de arte e, também, no Dia da Consciência Negra.
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