2014/10/21

Chuva de meteoros de destroços do cometa Halley poderá ser vista em MT

Meteoros poderão ser vistos dependendo das condições meteorológicas.
Fenômeno astronômico ocorre com fragmentos do cometa Halley.Do G1 MT

O cometa Halley talvez tenha o formato mais conhecido. A foto acima foi feita no Peru em 1910, usando uma exposição de 30 minutos. Devido ao percurso regular feito pelo corpo celeste perto do Sistema Solar (a cerca de cada 75 a 76 anos), o Halley é observ (Foto: Observatório de Harvard/SPL/BBC)Fragmentos do cometa Halley poderão ser vistos na
Orionídeas (Foto: Observatório de Harvard/SPL/BBC)
Os mato-grossenses que estiverem acordados na madrugada desta quarta-feira (22) poderão testemunhar uma chuva de meteoros conhecida como Orionídeas. Os meteoros, chamados popularmente de estrelas cadentes quando observados da Terra, estão visíveis ao longo do mês de outubro, mas o ápice deve ocorrer na madrugada desta quarta. A visualização, no entanto, depende das condições meteorológicas. Se o tempo ajudar será possível ver, em média, de 15 a 25 meteoros por hora cruzando o céu.

Esta chuva de meteoros ocorre devido aos destroços do cometa Halley, o mesmo que foi visto no país na década de 80. Desta vez, no entanto, o cometa não será visto, apenas fragmentos dele deixados no espaço quando ele se aproximou do Sol.
A doutora em Astronomia Telma Cenira Couto da Silva, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), explica que uma chuva de meteoros é visível cada vez que a órbita do nosso planeta ao redor do Sol coincide com a de um cometa que tenha deixado detritos em sua trajetória.
-se de um ponto no céu denominado radiante. Por convenção, as que são regulares recebem o nome da constelação em que o radiante está. Essa  chuva de meteoros, de outubro, denomina-se Orionídeas porque o radiante encontra-se na constelação de Orion”, explicou Telma.
Observação de meteoros
A Orionídeas ocorre anualmente entre outubro e novembro e é possível observá-la em todo o Brasil. Telma Couto da Silva, no entanto, alerta os observadores mato-grossenses sobre a dificuldade em acompanhar o fenômeno astronômico. “A sua visualização costuma ser difícil em nosso país. Os meteoros, em geral, não são muito brilhantes. E nesta época do ano o céu costuma estar carregado de nuvens densas, precursoras de chuva, que também atrapalham a visualização do fenômeno”, argumentou.
Para localizar o ponto da chuva de meteoros, Telma Couto orienta os mato-grossenses a observar a localização das estrelas conhecidas como "Três Marias", que fazem parte do cinturão de Orion. Ela explica que logo abaixo de uma das “Marias” há uma estrela laranja avermelhada muito brilhante chamada Betelgeuse. O radiante das Orionídeas está abaixo e à esquerda de Betelgeuse quando Orion estiver próximo ao zênite, que é o ponto na esfera celeste acima da cabeça do observador. “Basta olhar para cima para localizá-lo”, disse. “A constelação de Orion estará se levantando do lado leste às 23 horas, com variações de mais ou menos meia hora em diferentes cidades do Brasil, já levando em consideração o horário de verão. A melhor visualização ocorrerá em lugares escuros após as duas horas da manhã”, concluiu a doutora em Astronomia.

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