Durante agenda de campanha na Bahia, a candidata do PSB defendeu seu ex-colega de chapa e disse que são necessários mais dados antes de qualquer julgamento
Talita Fernandes, de Vitória da Conquista (BA)
Marina Silva defendeu ex-colega de chapa de acusações de
esquema de distribuição de propina abastecido pela Petrobras
(Ivan Pacheco/VEJA.com)
Durante agenda de campanha na cidade baiana de Vitória da Conquista, Marina adotou um tom defensivo, tentando blindar o PSB, partido ao qual se filiou para disputar as eleições. Ela disse ainda que a lista com os nomes de envolvidos "não traz as informações sobre o depoimento no conjunto das informações que ele está se dispondo a prestar". A candidata respondeu apenas que as investigações devem ser feitas e aproveitou para lembrar de acusações contra seus adversários. "Nós queremos que as investigações sejam concluídas. Tanto nesse caso quanto em qualquer outro: do mensalão à pista que foi feita na fazenda do familiar de um candidato. Sempre digo a vocês que nós queremos a verdade. Se há culpados, devem ser punidos. Se há inocentes, que sejam inocentados", disse, sem citar o PT e o PSDB diretamente.
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A tentativa de preservar a imagem de Campos também partiu do vice de Marina, o deputado federal Beto Albuquerque. Em seu discurso, Albuquerque disse que "não tiveram a coragem de enfrentá-lo quando ele estava vivo". Já Roberto Amaral, presidente nacional do PSB, afirmou neste sábado que "não há acusação digna de honesta consideração; há apenas malícia".
Reportagem de VEJA revelou que, em um acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal de petróleo, afirmou que políticos da base aliada à presidente Dilma receberam dinheiro de um esquema bilionário de corrupção na Petrobras. O rol de citados pelo delator inclui três governadores — entre eles Eduardo Campos —, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais que embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. De acordo com depoimento de Paulo Roberto Costa, o esquema funcionou nos dois mandatos do ex-presidente Lula e adentrou a atual gestão da presidente Dilma Rousseff.
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