2014/08/04

Americanos infectados pelo ebola teriam recebido droga experimental

Fontes disseram à imprensa dos EUA que 2 pacientes foram medicados.
Droga ZMapp, nunca testada em humanos, teria sido mandada à Libéria.

Do G1, em São Paulo
O médico americano Kent Brantly, que foi infectado pelo ebola na Libéria, em foto sem data (Foto: Joni Byker / SAMARITAN'S PURSE / AFP)O médico americano Kent Brantly, que foi infectado pelo ebola na Libéria, em foto sem data (Foto: Joni Byker / SAMARITAN'S PURSE / AFP)
  Nancy Writebol, americana infectada com o ebola enquanto trabalhava com pacientes na Libéria, voltará aos EUA nesta terça-feira (Foto: AFP Photo/SIM) Nancy Writebol, americana infectada com o ebola
enquanto trabalhava com pacientes na Libéria,
voltará aos EUA nesta terça-feira
(Foto: AFP Photo/SIM)
Diferentes veículos da imprensa americana, como CNN,  ABC, Bloomberg e NBC noticiaram nesta segunda-feira (4) que os dois americanos infectados pelo ebola na África Ocidental, -- o médico Kent Brantly e a missionária  Nancy Writebol -- teriam recebido uma droga experimental chamada ZMapp, produzida por uma pequena empresa californiana, para combater a doença mortal.
As fontes da rede CNN disseram que Brantly recebeu o ZMapp pouco depois de dizer a seus médicos, ainda na África, que achava que iria morrer. Cerca de uma hora depois de tomar o medicamento seus sintomas teriam melhorado consideravelmente. Ainda de acordo com a CNN, Nancy teria tomado duas doses do remédio e também teria tido melhora significativa. O ZMapp nunca havia sido testado em humanos, mas apresentou resultados considerados animadores em testes com macacos.
No domingo, já havia sido oficialmente divulgado que Brantly, que agora está em tratamento na cidade de Atlanta, no sul dos Estados Unidos, mostou sinais de "melhora". A missionária Nancy deve chegar aos EUA na terça. Não houve ainda confirmação oficial de que Brantly e Writebol tenham tomado o medicamento Zmapp. A imprensa dos EUA cita fontes não identificadas.
 

Tropas
Centenas de soldados foram mobilizados em Serra Leoa e na Libéria nesta segunda para combater o surto de ebola, enquanto o saldo de mortes chegou a 887 e três novos casos suspeitos do vírus mortal foram registrados na Nigéria.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), que na semana passada alertou para as consequências catastróficas se a epidemia não for controlada, relatou 61 novas mortes desde 1º de agosto. O surto começou em fevereiro nas florestas da Guiné, onde o saldo de mortos continua a aumentar, mas desde então seu epicentro migrou para as vizinhas Libéria e Serra Leoa.
Na Nigéria, onde o norte-americano Patrick Sawyer morreu do ebola no fim de julho depois de passar pela Libéria, a OMS relatou três possíveis novos casos. Na manhã desta segunda-feira, as autoridades nigerianas informaram que um médico que tratou de Sawyer contraiu a doença, mas uma fonte do Ministério da Saúde não quis comentar.
O pânico nas comunidades locais, que atacaram funcionários de saúde e ameaçaram queimar alas de isolamento, levou Serra Leoa, Libéria e Guiné a impor medidas severas na semana passada, entre elas o fechamento das escolas e a quarentena de regiões remotas mais afetadas pelo surto.
Longos comboios de caminhões militares conduziram soldados e assistentes de saúde nesta segunda-feira ao extremo leste de Serra Leoa, onde o número de casos é maior. O porta-voz dos militares, coronel Michael Samoura, disse que a operação envolve cerca de 750 militares.

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