A partir de hoje, as queimadas estão proibidas em Mato Grosso. O objetivo é coibir o uso do fogo nesta época do ano, quando a alta temperatura e a baixa umidade relativa do ar (URA) aumentam os riscos de incêndios de grandes proporções na zona rural e nas florestas. Porém, não é descartada a possibilidade de aumento no número de focos em relação a 2013.
O possível incremento na estatística se explica pelo chamado “ciclo do fogo”, o que significa dizer que quando se queima muito durante um ano há uma redução dos focos no ano seguinte devido à redução da matéria orgânica da superfície do solo.
Contudo, com a recomposição das fontes disponíveis de combustão, a situação é oposta. “O ano passado queimou menos que em 2012 e a tendência é que esse ano possa queimar mais”, comentou o secretário executivo do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, major Ramão Barbosa. O Comitê é formado por 15 órgãos estaduais e federais.
E os números já dão uma demonstração do que pode acontecer pela frente. De janeiro a 13 de julho deste ano, 5.844 focos já foram detectados no Estado, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa um acréscimo de 37%, em relação ao mesmo período de 2013, quando foram registrados 4.241 focos.
Para evitar que isso ocorra, uma das apostas é a conscientização das pessoas. “Neste período temos que ter a consciência que de que as queimadas estão proibidas e não se pode fazer nenhum tipo de queima”, reforçou.
A fiscalização também é reforçada com o objetivo de identificar os focos, além de aplicar procedimentos administrativos e sanções previstas em lei. Nesse período, quem for pego ateando fogo pode receber multas que variam de R$ 1.000 por hectares em áreas abertas e até R$ 5 mil por hectares em unidade de conservação (UC). O responsável também pode responder criminalmente pelo dano.
Conforme Barbosa, os trabalhos do Comitê começaram desde o início do ano. “A gente faz a preparação, a de prevenção e agora a resposta rápida, quando entra realmente a parte operacional, que envolve o Corpo de Bombeiros, o Exército, o ICMBio, o Ibama, prefeituras e entidades parcerias”, citou.
Destaques
O período proibitivo das queimadas segue até 15 de setembro próximo. A data foi definida pelo Comitê Estadual em virtude do tempo seco, quando a umidade relativa do ar (URA) baixa significativamente, o que associado à fumaça ou à fuligem elevam os casos de doenças respiratórias nas unidades de saúde. Havendo necessidade o prazo pode ser prorrogado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os recados postados neste mural são de inteira responsabilidade do autor, os recados que não estiverem de acordo com as normas de éticas serão vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros.